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ILUSTRAÇÃO: A trajetória do ato de desenhar na vida de Neyliana Maia

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Uni7 Informa

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Atualmente no 7º semestre de Jornalismo, a estudante relembra os porquês de ter começado a desenhar e explica como aprimorou as técnicas para obter um bom progresso na arte

A história de Ariel, personagem principal do filme A Pequena Sereia, é contada no fundo mar e reproduz um mix de cores, que divertem e estimulam a imaginação de crianças que assistem à obra cinematográfica. Uma dessas crianças, hoje aos 21 anos, relembra com alegria que foi Ariel, especificamente seus cabelos ruivos e sua cauda verde, uma das princesas que a fizeram gostar de desenhar. Ela atende por Neyliana Maia e é estudante do Curso de Jornalismo do Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7).

De tanto tentar, diz ter aprendido a ilustrar sozinha e explica que o saber desenhar é um processo, uma construção. Confessa ter estudados as técnicas de efeitos luz e sombra e conhecido melhor sobre paletas de cores, assistindo a vídeos tutoriais no Youtube. Como ela mesma afirma, a prática do desenho é uma nítida maneira de acompanhar o crescimento do artista, além de ser uma forma de expressão. Para ela, o verdadeiro artista é aquele que consegue deixar sua impressão, apenas nos traços que compõem o desenho, sem precisar, obrigatoriamente, que a obra seja reconhecida pela assinatura de quem a produziu.

“O desenho tem que ter um tipo de sentimento que instigue os outros”, disse.

Embora o cabelo ruivo da personagem tenha sido o pontapé inicial para a entrada de Neyliana no mundo da ilustração, foi a mãe dela quem lhe deu o maior incentivo para que não deixasse de desenhar. Os elogios, feitos pela genitora, a instigaram, quando ainda menina, a continuar desenhando e aperfeiçoando seus traços. O pai também deu presença na lista de pessoas que incentivaram sua permanência nesta arte. A estudante lembra que desejava desenhar tão bem quanto ele e, com orgulho, hoje afirma desenhar melhor do que o pai. Justifica referindo-se às formas e técnicas: o pai reproduzia personagens, enquanto ela, cria personagens.

Aos 13, 14 ou 15 anos (forma como se expressou), migrou do papel para a mesa gráfica, um presente dado pela mãe. A ilustradora, como se denomina, entende que o papel e a mesa se complementam na hora da criação. Quando a ideia vem, de imediato ela recorre ao papel. Depois do ócio criativo, passa a ideia para a mesa gráfica. Costuma desenhar o que “der na telha” – de séries assistidas a contos lidos. Sobre trabalhar com arte reconhece que é muito complicado, uma vez que o artista desenha conforme a visão dele e não com base na visão de quem pediu. As expectativas são diferentes. Até hoje, Neyliana só vendeu caricaturas feitas por encomenda.

Ela confirma gostar de escutar e criar histórias. Este foi, então, o motivo da entrada no curso de Jornalismo. Enquanto desenha, cria a história dos personagens. Seus desenhos não possuem objetivos específicos. Neyliana desenha porque gosta de desenhar. Com satisfação, diz que já recebeu um comentário, em um post de seu desenho, o comparando com o mesmo estilo de animações da Disney. Seu desejo é de melhorar ainda mais, apesar de dizer “já melhorei bastante”. Mesmo assim, ainda não sabe de tudo. Finaliza ao falar que estaria mentindo, se dissesse não querer reconhecimento pelos desenhos, mas, além disso, quer ser vista como uma pessoa que sabe desenhar e que pode se diferenciar por isso.

Neyliana listou alguns de seus desenhos favoritos e explicou o porquê. Confira abaixo.

O filme IT A Coisa – Me impressionou pela interpretação de Bill Skarsgard como o palhaço Pennywise. O personagem é intrigante e, assim que saí da sala de cinema, quis desenhar o palhaço. Representar o olhar malvado dele, o que está de trás do sorriso e o cenário sombrio com as cores.

Wander – Essa é uma ilustração que gosto bastante, porque é de um dos meus jogos favoritos: Shadow of The Colossus. Por muito tempo eu quis desenhar algo do jogo, mas não sabia como representá-lo adequadamente. Até que, com tudo o que fui aprendendo sobre pintura digital, consegui reproduzir o personagem principal, Wander, nessa ilustração.

A Fada Azul – É uma personagem que sempre achei misteriosa. Desde pequena, eu me perguntava quem era ela em Pinocchio. Ela se tornou mais interessante pra mim quando assisti ao filme A.I. Inteligência Artificial, quando o robô David vai à busca dela na esperança de que ela o transforme em um menino de verdade.

Zangs – Uma representação minha de um dos youtubers gamers que mais gosto: Zangado. Apesar de seu conteúdo ser focado em jogos, Zangado traz vlogs e dicas de autoajuda para seus inscritos, sempre dando o maior apoio.

Eros e Psyche – Fiz essa ilustração quando ouvi o mito dos dois, da história de amor deles. Achei muito bonita, e quis representá-la logo em um desenho. Ela mostra a parte em que Psyche conhece o seu marido, que até então tinham se encontrado às escuras, e também é aí que os dois se separam.

Confira mais no Instagram.

Texto: Bruna Ramos (5º semestre – Jornalismo/UNI7)
Fotos: Bruna Ramos / Arquivo Pessoal

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