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FORTALEZA: Mosteiro de São Bento volta, aos poucos, a receber fiéis

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Com a pandemia provocada pelo novo coronavírus, templos religiosos tiveram que se remodelar para atender os fiéis. Com os beneditinos não foi diferente

A igreja do mosteiro é dos destaques do bairro, onde a tradição monástica beneditina é mantida

Acostumados a viver em clausura, os monges do Mosteiro São Bento, no bairro com o mesmo nome, estão cumprindo o isolamento social e levando uma vida mais recolhida que o habitual. Sobre a realização das missas e dos casamentos nesse período, irmão Pedro Galvino disse que para receber as pessoas “estamos mantendo o distanciamento social dentro da igreja, com uso de máscara e álcool em gel. As missas dominicais estamos fazendo sob agendamento e casamentos com número limitado de pessoas (60), e não estamos acolhendo a festa, apenas a celebração.” As missas também são transmitidas pelo YouTube.

Antes da pandemia, a igreja também realizava atividades com a comunidade. “Tínhamos um grupo de bombeiros que vinha dar aulas de educação física para a comunidade do bairro São Bento”. Segundo ir. Galvino na igreja não há missas em latim, porém existe a Santa Missa no Rito Ordinário que contém as partes fixas de canto Gregoriano, com algumas partes em latim.

Devido ao ambiente e atmosfera, o mosteiro é um dos locais mais concorridos para cerimônias de casamento e o sonho de muitas noivas, como Valdeíse Maia, que lá se casou, no ano passado. Ela disse que por já ser frequentadora, achava a igreja linda e aconchegante para um casamento. Sonho realizado. Atualmente, não está presencialmente no mosteiro e acompanha as missas on-line.

Bento nasceu na cidade de Núrcia, na Itália em 480, e é fundador da ordem Beneditina ou ordem de São Bento, uma das mais antigas ordens religiosas católica. São Bento organizou a vida monástica e os mosteiros começaram a surgir, todos seguindo a regra de São Bento que permanece viva e atuante até hoje.

A regra de São Bento se disseminou pela Europa durante a Idade Média, e foi escrita no século VI por Bento de Núrcia. As regras englobavam todo o cotidiano dos monges estabelecendo hábitos, e regulava a vivência da comunidade monástica cristã regida por um abade. Por sua eficácia, no século IX se tornou obrigatória em todos os mosteiros do império Carolíngio, na época de Luís, o Pio. Os tópicos das regras abordavam desde a importância do silêncio, da oração, humildade, o papel do abade, vigílias e até fatores corriqueiros como de que modo deveriam ser usados e guardados ferramentas dentro do Mosteiro.

Na parte interna da igreja, destaque para o altar, onde acontecem os casamentos e as missas

O Mosteiro Beneditino em Fortaleza foi uma ideia de Dom Beda Pereira de Holanda, Abade do Mosteiro de São Bento de Olinda. Eles chegaram ao bairro de Messejana, em Fortaleza, em 1993 e foram acolhidos na casa Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição. No ano seguinte, foram transferidos para Carolina da Paupina, atual bairro de São Bento, uma homenagem ao próprio mosteiro e seus monges. O local foi uma recomendação de Dom Aloísio Lorscheider, então Arcebispo de Fortaleza. Atualmente Dom Prior Lucas Soares é o superior do São Bento.

A ordem de São Bento se estabeleceu no Brasil no século XVI, sendo os monges oriundos da consagração Beneditina de Portugal, o primeiro mosteiro fundado foi em 1582, na Bahia. As informações históricas do texto encontram-se nos sites Terra Santa e Mosteiro de São Bento, do Rio de Janeiro.

Em 2023, quando o Mosteiro completar 30 anos será lançando um documentário sobre a história da vida monástica, a história deles em Fortaleza e como é a vida espiritual. As gravações vão começar em junho deste ano. 

Texto: Mariana Freitas (3° semestre -Jornalismo/UNI7)

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