Notícias

ESPORTE: Em tempos de crise e dias difíceis, o sonho de ser atleta

0

Inspirados no basquete de rua, grupo de rapazes aprimora técnicas espelhados pelos ídolos

Antes do treino, os atletas fazem aquecimento (Foto: Lisandra Sousa)

Em três finais de tarde da semana, a praça do Conjunto Sumaré recebe frequentadores bem diferentes do habitual: um grupo de jogadores de basquete. Ao todo, são nove atletas que costumam treinar e jogar às segundas-feiras, quartas-feiras e sábados. Ainda sem nome e sem treinador, o grupo usa uma dinâmica variada, onde elaboram treinos a partir de vídeos de seus ídolos. Atualmente não possuem um local fixo para os treinos e jogos “oficiais”.

“Minha inspiração foram uns caras que estavam jogando basquete de rua. Quando vi aquele jogo me encantei. Comecei a me interessar pelo esporte”, diz Wellington Silva, 21, sobre como foi o início de sua vida no basquete. Os treinos ocorrem ao fim de tarde e, uma vez ou outra, costuma ter outro time patenteado (profissional), ajudando com o treinamento. Apesar da falta do local, eles costumam jogar nas praças próximas ao bairro e em uma igreja que, algumas vezes, disponibiliza o espaço para os treinos.

Lucas Barbosa, 19, acredita no crescimento do esporte e confia na experiência adquirida nos últimos anos. “Sempre existe a pretensão de crescer. Apesar de já ter ido longe, ainda tenho vontade de subir novamente.” Lucas joga basquete há oito anos e, por intermédio de um amigo, começou a jogar. Num domingo, o amigo lhe chamou para ir ao projeto Escola Aberta, da Escola de Ensino Fundamental e Médio 2 de Maio, onde o pai deste amigo estava dando aula de basquete. O projeto não existe mais, pois foi cortado por falta de verba e assim o local para os jogos também. A maioria dos integrantes tem um desejo de crescer, apesar da falta de conhecimento no esporte. Para alguns, é importante saber o básico e aprender como um time no geral. “Com certeza, somos uma família”, diz Barbosa, sobre companheirismo do grupo.

Jovens jogadores de basquete na quadra da igreja onde treinam na semana
(Foto: Carlos Guilherme)

“Nosso time ainda não é federado para participar de jogos oficiais, porque é preciso pagar uma taxa para poder fazer a inscrição do grupo”, disse Carlos Guilherme de Sousa, 20, sobre a possibilidade de participar em jogos oficiais e competições com outros times de nível profissional. “No caso, temos que ter 15 integrantes e cada um tem que pagar uma taxa para fazer a inscrição do time”, lembrou Guilherme, explicando como ser um time federado. O grupo, além de ter que pagar a taxa depois de formado, deve entregar uma lista com os nomes dos integrantes para o responsável por organizar os jogos e campeonatos.

 

Texto: Lisandra Sousa (3° Semestre – Jornalismo)

Tags: , , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

quatro × quatro =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.