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ESPORTE: Arbitragem feminina é destaque no Cearense de Muay Thai

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Uni7 Informa

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A primeira etapa da competição contou com duas mulheres na mediação das lutas em Fortaleza

No Muay thai assim como o futebol é rara a participação de mulheres na arbitragem. Atualmente, duas mulheres apenas exercem a função de árbitras na Comissão de Arbitragem de Muay thai do Estado do Ceará, segundo o diretor de arbitragem, Gilson Rodrigues, 40. “Na arbitragem, os papéis são basicamente os mesmos, não há distinção entre homem e mulher. O que vejo é certa resistência feminina em se envolver com a área”, disse o diretor.

Para o diretor de arbitragem Gilson Rodrigues, ainda há resistência feminina em seguir carreira na arbitragem no muay thai (Foto: Juliana Siqueira Rodrigues)

Mesmo com o antagonismo feminino, Patrícia Diniz, 23, ocupa a função de árbitra há seis meses. Ela, que vem superando dificuldades e dando um verdadeiro nocaute no preconceito, é também atleta e treinadora de Muay thai, e decidiu encarar o desafio de ser árbitra. “Meu marido, que já era árbitro, me incentivou a ir para Natal, no Rio Grande do Norte, em busca de capacitação na escola para formação de árbitros do Sandro de Castro (EBK), uma das melhores do país. Hoje me sinto uma representante das mulheres e espero ser incentivo para que outras atuem nessa categoria”. Patrícia diz conseguir conciliar as duas carreiras, de árbitra e atleta, pois as competições normalmente são realizadas nos fins de semana.

Da mesma forma, a também atleta e treinadora de Muay thai e boxe, Sara Emanuelle, 34, conhecida no mundo da luta como Sara Boyka, espera ser vitrine para que outras mulheres ignorem o preconceito e conquistem seu espaço na arbitragem. Ela que buscava conhecer melhor as regras de luta para repassar aos seus alunos, decidiu estudar e se profissionalizar como árbitra. “Como treinadora, no início senti certo preconceito por parte dos outros atletas. Mas, com o tempo e os resultados positivos nas lutas, isso mudou, e o fato de ser mulher deixou de ser motivo de desconfianças. Como árbitra não tenho muito que falar, pois esse é o meu primeiro dia na função”.

A dificuldade em poder acompanhar o ritmo dos homens faz com que muitas mulheres desistam de seguir carreira na arbitragem ou evoluam e tenham condições de atuar em grandes lutas.

Sobre o Campeonato

A atuação feminina não ficou só na arbitragem. Na foto treinadora dá foco à competidora antes do começo da luta (Foto: Juliana Siqueira Rodrigues)

O evento é organizado pelo Conselho das Federações de Muay thai do Estado do Ceará, e foi dividido em quatro etapas. Participaram da primeira cerca de 50 atletas de 15 equipes, sendo uma de Teresina, capital do Piauí, competiram nas categorias entre 39kg e 91kg, e realizadas cerca de 29 lutas. Devido a atrasos e problemas com a locação dos ringues, alguns atletas não esperaram por suas lutas. Como consequência disso houve alguns resultados por WO, que em nada diminuiu o nível da competição.

O campeonato tem sua primeira edição nesse formato. Anteriormente, cada federação realizava sua própria competição. O conselho é composto por quatro federações. De acordo com o presidente do conselho, Valmor Antunes, 37, a mudança se deu pela necessidade de organizar e elevar o padrão das disputas. As próximas três etapas do Campeonato Cearense de Muay thai serão realizadas nos meses de junho, agosto e novembro deste ano.

 

Luciana Silva
5º semestre

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