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ECONOMIA: Trabalho informal ganha força entre moradores do Genibaú

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Uni7 Informa

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Com a prestação de serviços informais, moradores da localidade, reforçam a geração de renda e diminuem a taxa de desocupação e desemprego na cidade

Localizado na regional 11, território 38, em Fortaleza, o bairro Parque Genibaú vê sua economia se desenvolvendo mensalmente com o passar dos anos. Entre muitas micro e pequenas empresas, e comércios formalizados que evoluem, é preciso destacar que a prestação de serviços e comércio informal se expande cada vez mais.

Entende-se por trabalho informal, o ramo empregatício mais “livre”, um trabalho em que, geralmente, o patrão, produtor e funcionário, são a mesma pessoa. Também é característico dessa forma de trabalhar, que não exista vínculo de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ou mesmo uma carteira de trabalho ativa.

Em 2019 a informalidade trabalhista atingiu 41,6% dos brasileiros. O Ceará é um dos estados que mais se destaca neste aspecto, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último trimestre de 2020. O Ceará ocupava a 6º posição na lista dos estados com maior taxa de informalidade, com uma média de 1,7 milhões de pessoas trabalhando dessa forma.

Larissa Gadelha criando uma de suas obras

Seja para complementar a renda, ou para sustentar a família, o trabalho informal é uma saída real na vida de muitos moradores do Genibaú. A estudante de psicologia, Larissa Gadelha, 20, moradora do bairro desde o seu nascimento, e proprietária de um ateliê de artes, contou que resolveu dar início à produção e comercialização dos seus produtos primeiramente como um passatempo e, logo após a alta procura, se tornou parte da sua renda. “Surgiu como um hobby pra mim. No ensino fundamental comecei a ter contato com as artes, mas parei. Com a chegada da pandemia, e o lockdown, finalmente tive tempo de dar atenção ao meu lado artístico, então decidi abrir o ateliê, e acabou sendo uma renda extra pra mim.”

Ela disse ainda que, além de vender no próprio bairro, recebe pedidos de moradores de localidades próximas e até mesmo cidades da Grande Fortaleza. “Faço entregas para bairros mais próximos, e até de Rio de Janeiro e São Paulo”.

Já a costureira Ivanildes Fortes, também moradora do bairro, começou a confeccionar máscaras durante a pandemia. Afirmou que o trabalho informal é a saída que encontrou para sustentar a família e ter mais liberdade entre a rotina de dona de casa e trabalhadora. “Eu trabalhei no comércio formal por 13 anos. Ao ter minhas filhas, aprendi a costurar para conseguir cuidar delas e ajudar a manter minha casa.” Ela costurava para empresas externas antes da pandemia. Com a situação atual, a empresa na qual ela prestava serviços parou e ela aproveitou o ‘gancho’ da costura para manter a renda da família.

Ivanildes também destacou o quão é necessário o trabalho informal tanto no bairro que ela mora, quanto nos outros bairros. “O comércio entre os bairros mais próximos ou mais distantes é essencial, pois crescemos no nosso bairro e influenciamos as localidades vizinhas a crescerem também.”

Ivanildes Fortes em seu período de trabalho

A costureira salientou, ainda, que o uso das redes sociais é de suma importância para a divulgação e venda dos produtos. “No momento atual, as redes sociais são nosso carro chefe, em conjunto com minhas filhas, que me introduziram no mundo virtual, nós sentimos uma grande diferença na venda das máscaras, passamos de uma produção pequena, para em torno de 300 máscaras produzidas mensalmente não só para o Genibaú, mas para toda a cidade e até municípios vizinhos.

Texto: Hyago Felix (4° semestre – Jornalismo/UNI7)

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