Notícias

BATE-PAPO: Cotidiano e tradição familiar no jornalismo esportivo

Categoria:

Uni7 Informa

0

Da adolescência em Aracati para o mercado competitivo de Fortaleza, a trajetória de Jussie Cunha na cobertura de esportes

Jussie Cunha passou uma mensagem de otimismo e confiança no trabalho (Fotos: Paloma Magalhães)

Jussie Cunha passou uma mensagem de otimismo e confiança no trabalho
(Fotos: Paloma Magalhães)

A rotina do jornalismo esportivo, a relação com a internet e a fonte, as redes sociais e as formas de produção textual. Estes foram alguns dos assuntos abordados na noite da terça-feira (30), coordenador de esportes da Tribuna Band News FM e apresentador do programa Jogo Aberto da Nordestv, jornalista Jussie Cunha Filho. Ele conversou com alunos da disciplina Jornalismo Especializado II do curso de jornalismo da Faculdade 7 de Setembro FA7, com orientação do professor Miguel Macedo.

O apresentador, que possui uma história de tradição no rádio e no jornalismo esportivo relembrou como foi o início de sua carreira, ainda na cidade natal, Aracati. Aos 16 anos, já atuava como repórter e comentarista e hoje é responsável por um dos programas televisivos da Nordestv.

Para Jussie o esporte é algo natural e familiar. Filho de um dos mais notórios radialistas esportivos do Ceará, Jussie Cunha, que morreu em agosto deste ano, e irmão do narrador Antero Neto, o jornalista ressaltou como é vivenciar o esporte dentro e fora do trabalho e como é a rotina de quem trabalha no meio.

“Bom, desde pequeno fui muito ligado ao esporte, principalmente ao futebol. Quase joguei no Vitória, da Bahia. Posso garantir, com certeza, que essa vivência me auxiliou muito no meu trabalho, facilitando assim toda minha produtividade dentro da redação”, disse o Jussie, que também atua como comentarista.

Quanto à sua relação com o público, garante que os consumidores daquele tipo de notícia, em sua maioria amantes do futebol, por exemplo, são bastante informados sobre seus clubes e que se há um erro por parte da produção do programa os espectadores ligam e fazem questão de interagir.

“É bastante interessante essa relação entre a informação e o telespectador. Se fosse em outras áreas como política e economia, um erro de informação poderia até passar despercebido, porém no futebol não é assim. Os amantes do esporte sabem tudo sobre seus representantes no esporte”, esclarece.

A produção

Para quem acha que trabalhar com jornalismo esportivo é fácil, Jussie alerta: exige-se muito mais atenção e domínio ortográfico que se pensa. “Algumas pessoas acham que o jornalismo esportivo é fácil de se produzir. Por um lado eles podem até estar certos, porém, se o texto não for leve, evitar repetições desnecessárias e manter um certo cuidado com a relação jornalismo e fonte, você pode acabar se metendo em um grande problema”.

O Reconhecimento

Mesmo com o reconhecimento por parte do público, revela quais são os maiores desafios encontrados pelos profissionais que optam por trabalhar no setor esportivo das redações. “O jornalismo esportivo junto ao policial é mal visto por várias pessoas, tanto dentro, quanto fora das redações. Tem gente que acha que o nosso trabalho está mais para o entretenimento do que para jornalismo”.

O Trabalho

Sobre o cotidiano Jussie garante que dá trabalho, porém, se o profissional faz aquilo que gosta, vai longe. “Sou suspeito para falar, mas, em todo lugar, você deve dar o melhor de si. Sempre dei o melhor de mim, desde os 16. Sempre lutei para conseguir minha própria liberdade e hoje estou aqui. Tenho orgulho de tudo que passei e por onde passei”, finaliza.

Júnior Tavares
6º semestre

Tags: , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

2 × quatro =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.