FA7 NO CENTRO: Uma história de vida construída na rotina diária do mercado
Tonhão da Carne reflete com precisão a dinâmica do São Sebastião, como típico exemplo de trabalho duro
Prestes a completar 290 anos, a cidade de Fortaleza possui vários pontos turísticos. Praça do Ferreira, Dragão do Mar, Cine São Luiz e Beira Mar são alguns entre os vários cartões postais. Todos eles têm seu espaço na memória afetiva das pessoas e dizem muito sobre a história da capital. Entre esses lugares está o Mercado São Sebastião.
A atual estrutura do mercado foi construída há mais de uma década, embora a inauguração tenha acontecido em 1977. Desde o século XIX, no entanto, o mercado faz parte do cenário da capital. Ao longo desses anos foram e são vendidos vários produtos. Frutas e verduras, artesanatos, ervas medicinais, carnes, materiais de construção e ferros são alguns deles. Como equipamento público municipal, comerciantes construíram suas histórias. Antonio da Silva Moura, o Tonhão da Carne, é um deles.
De domingo a domingo, de 3 horas da madrugada ao meio-dia, com a ajuda de seus funcionários, Tonhão se divide entre cortar as carnes, pesá-las, receber o pagamento, passar o troco entre outras atribuições. Vindas de Goiás, duas vezes por semana, as carnes são vendidas para diferentes restaurantes de Fortaleza. A carne para o “cozidão”, o carneiro, o porco e a panelada são algumas das pedidas mais frequentes no estabelecimento que atende centenas de pessoas todos os dias. Tonhão reflete com precisão a dinâmica do mercado, pois é o típico exemplo de trabalho duro.
Ao ser perguntando sobre sua relação com o Mercado São Sebastião, Tonhão não hesita na resposta, e demonstra sua gratidão. “Representa muito para mim. Devo muita coisa a esse lugar. São 36 anos que vivo aqui e já construí muita coisa. Daqui tiro o sustento dos meus pais, da minha família. Tudo é só daqui, não tenho do que reclamar, não!”
Carlos Holanda
3º semestre