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DIA DOS PROFESSORES: Lembranças de quem nunca esqueceu quem os ensinou

Categoria:

Texto, Uni7 Informa

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Uma homenagem do Quinto Andar a todos os profissionais que doam suas vidas diariamente para o ensino

Desde 1963, o Dia dos Professores é celebrado todos os anos, no dia 15 de outubro. A data é oriunda do decreto que previa a criação do Ensino Elementar no Brasil, assinado pelo então imperador Dom Pedro I no dia 15 de outubro de 1827.

E com o intuito de homenagear essa categoria tão nobre, responsável pela transmissão de múltiplos saberes é que nós, da equipe do Portal Quinto Andar, nos debruçamos na tarefa de escavar memórias e construir textos que nos remetem a lembranças dos professores que, de alguma forma, nos marcaram, e marcam até hoje.

Boa leitura aos que se dedicam, com amor e coração, à arte de educar.

A Tia Auxiliadora foi professora de Eduardo no ensino infantil até a alfabetização, no Escola Municipal Alba Frota, em Fortaleza

Feliz dia do Professor!??

Gostaria que todas as crianças tivessem as oportunidades que tive, os professores que tive, as escolas que tive. Gostaria que todos tivessem a “tia Auxiliadora” pra ensinar respeito ao coleguinha, dar bom dia, respeitar os mais velhos e não pegar nas coisas do amiguinho sem pedir. Gostaria que todas as crianças pudessem ter o carinho que recebi dos professores, quando minha mãe me deixava na escola para trabalhar e, no momento que ela ia embora, eu me sentia seguro e, acreditem, nem chorava!

Entristece-me saber que, ainda hoje, muitas escolas não possuem boas estruturas, alimentação, professores bem pagos, vagas para todas as crianças e que mães não conseguem trabalhar, pois não têm com quem deixar seus filhos. O meu ser mais lúdico tenta pensar que educação é uma prioridade para brasileiros e que os professores jamais seriam trocados por uma política armamentista, pois não me lembro da tia Auxiliadora me pedir pra resolver os meus problemas com meu amiguinho dando-lhe um tapa na cara, mas sim, apertando-lhe a mão e ambos pedindo desculpas.

Quem dera nossos esforços fossem compartilhar as referências de livros paradidáticos que nossos professores nos indicaram, e não ter que desmentir, dia após dia, notícias falsas para derrubar qualquer pessoa que seja. Quem dera neste Brasil de meu Deus fosse facilitado o acesso à compra de livros ou incentivo à ida ao teatro e não fomentado o desejo de armas nas mãos dos cidadãos.

Quero, por isso, neste dia dos professores agradecer imensamente a tias e tios Auxiliadora, Lucio, Regina Célia e seus debates sobre as músicas de Caetano Veloso; Vania Tajra com seus posicionamentos diretos; Katia Patrocínio e sua calma quase budista; Miguel Macedo e sua inquietação em nos fazer querer sempre mais. Eu sou um dos seus muitos alunos que pedem pra que vocês não desistam jamais da educação no Brasil.

FELIZ DIA DOS PROFESSORES!!!

Texto: Eduardo Almeida (7º semestre – Jornalismo/UNI7)

Saudosas e gratas memórias

Compilados de amor e carinho, dedicação e paciência, doação e integridade deram-me capacidade para ler e escrever. Eles me educaram para que eu fizesse parte de um mundo cheio de diferenças e aprendesse com elas.

Ensinaram-me a somar, a diminuir e a dividir. Conheci verbos que precisava conjugar para que pudesse multiplicar os meus conhecimentos. Foi com eles que aprendi (e ainda aprendo) português, inglês e espanhol, e todas as suas atuações na história e para a história de nosso Brasil. Isso me fez ter uma percepção crítica do mundo em que estou.

Vi, tentei e errei até aprender. Meus professores serviram de norte para que eu pudesse saber viver. Ajudaram a decidir quem eu quero ser. E me ajudam a aperfeiçoar isso. Foram eles que me apresentaram o verdadeiro significado de amizade.

São parte viva de minha educação. Mostraram que somos todos diferentes, mas que, ao mesmo tempo somos um só. Ensinaram-me a respeitar e a partilhar. A ter responsabilidade e honestidade. E foi com todos esses valores recebidos até hoje, que sou quem sou.

Minha eterna gratidão a todos os meus professores de ontem, de hoje e os de amanhã.

Texto: Bruna Ramos (3º semestre-Jornalismo/UNI7)

Zulmira Nascimento é mãe e professora da rede municipal de Barro, na região do Cariri, interior do Ceará

Obrigado professores por serem Zulmira

Entre todas as qualidades dos grandes mestres que ajudaram, e ainda ajudam, na minha formação, destaco a felicidade de todos serem Zulmira. Dedicados e atenciosos, meus professores são mais do que educadores, e isso, por si só, já não é uma tarefa fácil. São amigos, pais que me impulsionam a ser alguém melhor a cada dia.

Zulmira é aquela professora que, além da didática fantástica, sempre arruma um jeitinho de trazer o aluno “viajante” de volta à sala de aula. Aquela educadora que, dada à sensibilidade de alguém que tem amor pelo que faz, sabe entrar na vida do aluno e entender quando problemas pessoais e familiares interferem no desempenho.

Aquela profissional que a cada aula reafirma, na prática, a sua responsabilidade social na formação, não só de futuros profissionais, mas de cidadãos. Ela é um entre muitos exemplos de professores que seguem firmes na profissão, mesmo na desvalorização por parte dos governos, por entender o quão importante é o seu papel na sociedade.

Zulmira Nascimento foi minha professora do 6º ao 9º ano em diferentes matérias, porque ser educador no interior do Estado é abraçar diversos desafios. Minha parceira de projetos e uma amiga, ou até mãe, que me ensinou princípios de igualdade, respeito e um “punhado” de conteúdo. A todos os meus antigos e novos professores, muito obrigado por serem Zulmira.

Texto: Anderson Souza (3º semestre – Jornalismo/UNI7)

Más impressões e perpétuos aprendizados com a tia da 4ª série

Quando você é criança, o mundo é enorme… Tão grande que precisamos de alguém para nos mostrar alguns de seus caminhos, os bons no caso. A família, na maioria das vezes, é a primeira a cumprir esse papel, seguida de um personagem que está presente em vários momentos de nossa trajetória terrena, o professor. E, no meu caso, uma professora com fama de marrenta e linha dura que levava toda 3ª série a dizer: “ano que vem teremos aula com a Tia Mal”, trocadilho, não dos melhores é verdade, com o nome da professora da 4ª série, Maura André.

O fato é que, ao contrário do que pensávamos, não havia nada de maldade, mas sim um sentimento de entrega ao seu papel como guia de um monte de crianças ainda verdes no pé. No ano letivo de 2007, na última sala do segundo andar da escola, o conteúdo programático se misturou com os mais diversos causos ditados sempre em um tom bem humorado. Maura, com seus cachos que passavam um pouquinho assim dos ombros, nos presenteava com histórias dos filhos, de infância e toda uma trajetória até ali. Tudo pautado nas aulas, as melhores aulas.

Engana-se quem acha que era mero enchimento de linguiça, era mais do que isso. Era um encontro com uma realidade que ainda não nos tinha sido apresentada, um ensinamento com “sustância”. Afinal, tudo é recebido e armazenado com mais vivacidade quando se tem 9 anos e quase nenhuma experiência de vida. Mesmo sem sabermos, naquelas aulas ganhávamos um norte do que poderia acontecer ao longo de nossas vidas e quase que sem querer reagir.

Hoje passados mais de dez anos, talvez seja ela que não saiba, mas bem mais que a minha professora à frente da sala eu enxergava uma amiga. Vai ver que o fato de eu sempre ser o último a entregar nas provas ajudou, em tese eu ficava mais tempo com ela por conta disso. Nunca tinha pressa e ela foi uma das primeiras pessoas a entender isso. Sei que não sou o único a carregar esse sentimento que se fortaleceu com todas as críticas, conselhos, carões, elogios. Inúmeras narrativas que voltam à memória em datas como esta, nostalgia que fala.

Vez ou outra tenho o prazer de esporadicamente encontrá-la. A vontade é de correr e deixar com ela um abraço e dizer que hoje estou trilhando muitos dos caminhos que ela indicou e que os carões ajudaram em muita coisa. Falar também que continuo a ser o último a entregar a prova e que ainda ando sem pressa.

Os encontros, no entanto, se resumem num “oi” perseguido por uma aceno breve, tímido e distante. À tia Maura, minha admiração e gratidão, por tudo que ela é e tudo que me ensinou e inspirou. Professor tem muito disso, de não querer sair da cabeça da gente, mesmo em qualquer parte de nossa própria jornada terrena, um pouquinho dele ainda fica aqui gravado.

Texto: Eli Naftali (5º semestre – Jornalismo/UNI7)

Sônia Oliveira foi professora da aluna Vitória na alfabetização, agora 1° ano do ensino fundamental

Entre todo conhecimento, o valor do reconhecimento

Momentos como os que estamos vivendo atualmente nos fazem repensar sobre cada profissão. Principalmente, a de professor. Sim, afinal, é a profissão que nos edifica como cidadãos do bem, nos apresenta novos mundos, ensina a sermos éticos e a termos moral. E isso reflete nas escolhas que fazemos na vida. Além, é claro, da parte propedêutica.

Mas, não é só isso. Estamos em constante aprendizado e, desde a infância, temos o privilégio de aprender com grandes mestres. Todos eles, sem exceção, deixam um pouco de si conosco e levam um pouco de nós. Alguns bem mais, outros, apenas o suficiente para se tornarem inesquecíveis em nossas lembranças nos encontros de turma.

Eu, por exemplo, sempre que me lembro de você penso em gratidão. Gratidão por tudo que me ensinou. E não estou falando apenas do fato de você ter me apresentado o mundo de infinitas possibilidades da leitura e escrita. A ti, devo muitos ensinamentos que hoje, nos exames da vida, preciso bastante.

Neste dia dos professores, então, queria agradecer. Agradecer a você, uma das minhas primeiras educadoras, e aos tantos mestres que eu tive a oportunidade de conhecer e aprender os valores que me fizeram ser a pessoa que sou hoje. Meu sincero obrigada e um feliz dia a quem mais do que um ofício ou profissão, possui na vida, grande missão.

Texto: Vitória Barbosa (3º semestre – Jornalismo/UNI7)

Fotos: Arquivo pessoal

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