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QUINTO ANDAR VIU O FILME: ‘Capitão América: Guerra Civil’

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Com uma produção mais madura, Marvel acerta em cheio no contraste de tons divertidos e sérios (Foto: Marvel Comics)

Com uma produção mais madura, Marvel acerta em cheio no contraste de tons divertidos e sérios (Foto: Marvel Comics)

Após o sucesso de “Capitão América 2: O Soldado Invernal”, era de se esperar que a próxima aventura do herói mantivesse a fórmula de criar um clima mais sério, porém, sem esquecer o bom humor característico dos filmes da Marvel. Eis que “Capitão América: Guerra Civil” consegue dar um passo além, intensificando as características do seu antecessor e dando um passo além ao humanizar seus personagens.

A trama do filme é levemente baseada no arco de história em quadrinhos com o mesmo nome. Após um incidente envolvendo uma ação dos Vingadores, o governo decide criar uma lei que obriga o registro de super-heróis. Dessa forma, a equipe tem que obedecer aos comandos da ONU e agir somente de acordo com suas ordens. A lei de registro é apenas o pontapé inicial que leva a separação dos heróis, mas não é única razão.

É interessante notar como os motivos que impulsionam a trama de “Guerra Civil” são muito bem definidos. Todas as justificativas dos personagens, desde o vilão até os dois lados divididos dos heróis, são bem transmitidas e compreendidas. Inclusive, os dois lados que, inicialmente, se dividem por questões políticas, acabam tendo outros motivos durante a trama de forma bem nítida. Essa boa definição de ideias e motivações permitiu ao filme desenvolver melhor um pouco de cada personagem e transformar a interação entre os (muitos) heróis em algo louvável.

Essa interação leva ao expectador a sensação de assistir um filme dos Vingadores, com direito à introdução de novos heróis e uma dinâmica parecida com a dos dois filmes da equipe, principalmente nas explosivas cenas de ação. Isso tudo sem esquecer que se trata de um filme do Capitão América, com uma discussão política e diálogos sobre ideologias ao fundo. Esse contraste, alcançado pelos diretores irmãos Russo, é algo a ser reverenciado se tratando de filmes de super-heróis. Também vale ressaltar, como mérito dos diretores e roteiristas, que, em nenhum momento, o filme induz o expectador a torcer por um lado, permanecendo imparcial.

Por fim, vale dar o devido destaque a três personagens: Homem de Ferro, o herói mais bem construído do universo cinematográfico da Marvel, teve sua melhor representação nas telas graças ao excelente Robert Downey Jr., que deixou um pouco as piadas de lado e mostrou seu potencial de grande ator. Pantera Negra, que teve uma ótima introdução e receptividade, mesmo sendo desconhecido do grande público. E Homem-Aranha, que conseguiu surpreender como o (já eleito por muitos) melhor “cabeça-de-teia” visto nos cinemas. Vale a pena ficar de olho nesses dois últimos e em seus próximos filmes.

Acima de qualquer expectativa, “Capitão América: Guerra Civil” se prova um filme competente, acima de tudo, por entender e saber trabalhar muito bem seus personagens e conflitos. Seja em cenas dramáticas, cômicas, com muita ou pouca ação, os irmãos Russo acertam em cheio o timing entre esses momentos e transformam a produção em uma das mais maduras e divertidas do estúdio Marvel até hoje.

Nota: ★★★★★ (4.5/5)

Jordi Cruz

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