A missão do jornalismo cearense atual é virar meme?
Se fôssemos pensar como há 20 anos, seria impossível imaginar que a TV – um dos principais veículos de comunicação de massa já criados – perderia a relevância e a audiência para outro meio.
O que vemos hoje é a internet ganhando cada vez mais espaço e forma. Os mais tradicionais acreditam, porém, que uma informação vinda do telejornal possui mais credibilidade do que aquela replicada nas redes sociais.
E quando esses mesmos telejornais brigam entre si para ganharem um espaço nessas páginas virtuais? E isso já é comum no jornalismo cearense atual. Muitos até forçam a barra para virarem memes.
Ainda se crê que os veículos queiram se regionalizar ainda mais, algo que não se via antigamente. O que mais se percebe é que o sinônimo de audiência virou “viralizar”. Para o bem, ou para o mal.
Hoje, assunto sério vira manchete engraçada. Um carro cair dentro de um buraco é piada. E eu, como estudante, me faço o questionamento: será que os professores estão nos ensinando da forma errada? Não se tem disciplina de memes jornalísticos nas faculdades. Mas, será que teremos em um futuro não tão distante? Vale a reflexão.
Em artigo publicado no jornal O Povo, o jornalista Ronaldo Salgado, professor aposentado da Universidade Federal do Ceará (UFC), acredita que o jornalismo é feito para mudar o mundo. E foi dessa forma que ele escolheu a profissão. Mas, e se fosse hoje? Ele pensaria da mesma forma? Talvez escolhesse não para transformar o mundo, mas sim mudar a forma de fazer jornalismo. Não sabemos o futuro do nosso ofício, mas sabemos o futuro das páginas de humor da internet: compartilhar conteúdos que há anos eram relevantes para a sociedade e que hoje simplesmente viraram piadas.
Texto: Matheus Nunes (7º semestre – Jornalismo/UNI7)
por Beatriz Araújo
Muito bem!?
-por Beatriz Araújo
Bom*
-