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MULHERES: Aspirações e inspirações das futuras profissionais da comunicação

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Instigadas pelo anseio de maior representatividade de gênero em todos os espaços, alunas de Publicidade e Jornalismo da UNI7 compartilham motivações e pensamentos de mudança

Ao receber o Oscar de Melhor Atriz por Três Anúncios para um Crime, a atriz norte-americana Frances McDormand não quis o momento de reconhecimento só para ela. “Se não for muito inoportuno, eu gostaria de pedir para que cada mulher, atriz, produtora, diretora se levante. Meryl (Streep, atriz), se você fizer isso, todas farão”, acrescentou a ganhadora em seu discurso de vitória. Rapidamente atendida, o ato simbólico significou um posicionamento a favor de uma distribuição igualitária de cargos frente à desigualdade ainda não superada em todo mundo.

No meio acadêmico da Comunicação, as mulheres já são maioria. É o que diz o censo de 2010 do IBGE, mostrando que elas são maioria no curso de Publicidade e Marketing (percentual de 57%) e Jornalismo e Reportagem (64%).

No 5º andar da UNI7, onde ficam os cursos citados, a estatística é indiscutível. Essa composição favorece não só em diversidade, como também em construção de ideias e ações a favor de igualdade. No Dia da Mulher, conversamos com essas alunas sobre o que representa a graduação em suas vidas e o que planejam conquistar, de forma individual e/ou coletiva, no mercado de trabalho.

Débora Colim, 1° semestre – Publicidade e Propaganda

No 1° semestre de Publicidade e Propaganda, Débora Colim fala sobre a importância que a mãe teve na hora de escolher o curso. ‘’Minha mãe trabalha com produção e era uma coisa que eu sempre me vi fazendo. Eu gosto muito da área de edição, de estar por trás de todo o processo’’.

Ao ser questionada sobre o legado que pretende deixar, Débora é enfática ao dizer que a área ainda tem uma predominância masculina, e que deseja mudar isso. ‘’Eu quero que as pessoas olhem e digam ‘ah, eu quero ser como a Débora’, que conseguiu se encaixar no meio e fazer com que outras mulheres possam trabalhar com isso’’, afirma.

Ariella de Sá, 7º semestre – Jornalismo

Ariella de Sá sempre teve o desejo de ingressar no jornalismo. Apesar de estar inserida na comunicação desde criança, ela admite não possuir influências na área, mas tem planos de trabalhar em televisão.

A universitária, do 7º semestre, conta que quer inspirar mulheres com as suas conquistas de vida. Atualmente diz que influencia mulheres por meio do seu Instagram, com seu trabalho de modelo, e recebe um retorno positivo de suas seguidoras.

Flávia Gouveia, 1º semestre – Jornalismo

Após pesquisar sobre qual carreira seguir, Flávia Gouveia, optou por jornalismo como profissão. Aprecia comunicação e tem um desejo de aprofundar-se nela, além de gostar de escrever. “Era o que me encaixava, que gostava, o que me interessava”, diz a estudante do 1º semestre.

Diz admirar o trabalho das apresentadoras Sandra Annemberg e Maju Coutinho. “Maju está passando a barreira do racismo, e conseguindo ser bem-sucedida. Isso é muito legal.” Flávia afirma ter o desejo de quebrar barreiras permanecidas no meio, posicionando-se contra e exercendo o seu trabalho de forma correta. “Acho que a gente consegue fazer coisas melhores e maiores”, completa.

Victória Nogueira, 5º semestre – Jornalismo

Victória Nogueira diz sempre ter gostado da área do Jornalismo e sua preferência era a TV. No curso, onde está no 5º semestre, após vivenciar algumas áreas de atuação, a dúvida sobre o veículo surgiu. Ela, porém, mantém-se convicta na sua escolha e agora busca encontrar-se.

Ao falar de inspiração feminina, ela diz que Glória Maria, de certa forma, tenha sido uma. Victória acredita que a representatividade feminina e negra está cada vez mais tomando espaço nas universidades, cargos de chefia e na mídia, sobretudo na TV. Assim como a jornalista Glória Maria, ela deseja seguir esse caminho e mostrar que mais mulheres negras podem conquistar seu espaço.

Fátima Belarmino, 3º semestre – Jornalismo

O jornalismo passou a ser a opção de carreira quando Fátima Belarmino, do 3º semestre, percebeu que outra área não lhe faria ser metade do que realmente é. “O jornalismo não é apenas minha escolha de voz para essa sociedade. É, também, a minha conversação com o mundo ao meu redor”, acredita.

Ao pensar em inspirações femininas na área, se lembra de Glenda Kozlowki. Ela fala ainda que quando alguém se sente inspirado pelo seu trabalho significa que você está fazendo o seu melhor, e é justamente isso que pretende. Ressalta que cada mulher é capaz de fazer o seu melhor na área que estiver.

Talita Pontes, 8º semestre – Publicidade e Propaganda

Motivada pelo trabalho multitarefa e por ser um curso descolado, Talita Pontes escolheu Publicidade e Propaganda. No 8° semestre, ela não se inspirou em nenhuma mulher na hora de entrar na faculdade. Lembra, porém, do ex-chefe de quem adquiriu parte do seu conhecimento atual de mercado.

Perguntada pelo legado que quer deixar na Publicidade, a estudante prefere o lado empresarial e abrir uma agência. “Tenho uma amiga que se formou e hoje tem uma agência. A questão é que mais mulheres podem liderar o mercado. Não necessariamente, uma agência precisa ser comandada por um homem”.

Juliana Siqueira, 6º semestre – Publicidade e Propaganda

“Publicidade sempre foi meu sonho, uma paixão antiga de muitos anos”, assim define a aluna Juliana Siqueira. Depois de um período de trabalho em outros setores e cuidando da família, ela decidiu que chegara a hora de se dedicar a essa meta.

No seu percurso como graduanda, palavras de publicitárias como Gica Yabu propulsionam seus objetivos. “Vejo a garra e a petulância de peitar e enfrentar, pois a Publicidade é uma área que agora as mulheres estão tendo mais espaço”. Relembrando a época em que queria cursar Mecânica e desistiu, por ser a única mulher na turma, Juliana hoje não pensa em retroceder e aconselha as demais a não fazerem o mesmo: “Hoje eu acho que a mulher tem que fazer o que ela quer, independente ou não se tem muitas ou poucas a quem se espelhar”.

Iza Raulino, 5º semestre – Publicidade e Propaganda

Buscando maior liberdade de expressão, a estudante Iza Raulino decidiu que na Publicidade teria chances de expor suas ideias sem julgamentos de gênero. “Se você for apresentar uma peça publicitária, se a ideia que você for passar for muito massa, elas vão ver a informação, mesmo se for homem ou mulher”.

Entre suas leituras, escritos sobre a representatividade feminina dentro da Publicidade. Para ela, é importante discutir sobre a maioridade masculina de homens dentro das agências. Informação é a ferramenta de impacto, segundo a aluna: “Nós trabalhamos com a informação. Quando ela tem um impacto, ela desenvolve uma comoção. Acredito que, dentro da Publicidade, as mulheres têm que se ajudar cada vez mais”.

TEXTO: Bruna Ramos (2º semestre – Jornalismo), Matheus Castro (4º semestre – Jornalismo), Jonathan Silva (5º semestre – Jornalismo), Vitória Barbosa (2º Semestre – Jornalismo)

FOTO: Bruna Ramos (2º semestre – Jornalismo), Bruno Moura (3º semestre – Publicidade), Matheus Castro (4º semestre – Jornalismo), Jonathan Silva (5º semestre – Jornalismo), Vitória Barbosa (2º Semestre – Jornalismo)

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