LEVEL UP: Sócios e fundadores de empresas destacam experiências em empreendedorismo
Antenados com novos negócios e oportunidades, eles contam trajetória e firmação no mercado de Fortaleza e também regional
Com o tema “Explorando terras narrativas: empreender no mercado regional”, Rodrigo Gondim e Rebeca Prado, sócios da Casa sem Medida, e Rhasnny Roque, proprietária da T-shirt in Box, participaram da Semana da Comunicação, na quinta-feira, 27, no Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7). No painel, mediado pelo professor de Publicidade e Propaganda da instituição, Davi Rocha, os convidados contaram as ideias e a trajetória de seus negócios.
Formada em moda, Rhasnny declarou que cresceu no meio do empreendedorismo. “Vendia bombons na escola. Desde muito pequena vendia, comunicava e empreendia”, lembra. Neta de libanês – o avô foi um dos maiores comerciantes de tecidos em Quixadá -, ela acredita ter herdado a veia de empreendedor do avô.
A T-shirt in Box foi uma marca criada para o trabalho de conclusão do curso e, segundo ela, são os sentimentos e limitações, não expressados pelas pessoas, estampados em uma camiseta. Começou com um pequeno ateliê em 2012, e viu que conseguiu “se capitalizar” em 2014 (ano em que o Fortaleza sediou a Copa do Mundo), como resultado da demanda de pedidos por outras marcas.
Para ela, o empreender é ter muita coragem porque é muito difícil, principalmente pela situação atual do país. “Ele (o empreendedorismo) não sai de você. Você fica 24 horas conectado a isso. Ter de ter uma ideia boa, tem que está preparado para perder e tem que se profissionalizar. Se reinventar é uma coisa que a gente tem que fazer muito em Fortaleza; fazer uma mudança porque senão morre (o projeto)”. E sobre dificuldades, destacou o preconceito da sociedade, onde o diferente é visto como algo ruim.
Rebeca e Rodrigo já vinham empreendendo há 3 anos, com uma produtora de vídeo, e pelo Miligrama Design. Tiveram o desejo de empreender mais, e, com isso, criaram a Casa sem Medida. A casa colaborativa trabalha com o sustentável e com um design diferencial e inovador. Rebeca afirma não permitir o uso de plásticos no bar da casa, o Clandestino. O espaço abriga lojas, o estúdio Miligrama e o bar, onde, pela manhã, acontecem workshops, palestras e até projeção de filmes.
Rebeca pontua o planejamento e não ter medo de ousar. “Vá com calma, pense em tudo. Junte gente que gosta e apoie suas ideias”. E alerta sobre a atualização e estudo sobre o mercado que sempre sofre alterações “É interessante que acompanhem as mudanças que vão surgir. Se você não acompanhar, vai ser esquecida com um tempo (…) se tem uma coisa parada no tempo, você vai ser esquecido de alguma forma”.
Rodrigo disse que uma das falhas de seu empreendimento foi o atendimento ao cliente, quando ele cedia aos pedidos de mudança de preço e questão de tempo. Ele comenta que há espaço para galera do design, há muita demanda, mas é difícil encontrar mão de obra no perfil específico da Miligrama. Eles deram dicas sobre o armazenamento dos trabalhos. “Bote suas coisas na nuvem porque é a melhor segurança que você vai ter na vida”, concluiu o designer.
TEXTO: Bruna Ramos (3º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Ray Aragão (5º semestre – Jornalismo/UNI7) e Aldemir Costa (3º semestre – Publicidade e propaganda/UNI7)