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LEVEL UP: O processo democrático e a comunicação em campanhas eleitorais

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O debate permeou questões controversas e pouco discutidas durante as eleições, como os fatores comunicacionais em uma campanha

Comunidade acadêmica e especialistas em assessoria e marketing político discutiram os desdobramentos e impacto das novas tecnologias comunicacionais nas campanhas eleitorais. O encontro fechou o terceiro dia de atividades da Semana da Comunicação 2018, na noite desta quarta-feira, 26, na UNI7.

Mediado pelo professor da UNI7, João Alfredo, o debate recebeu o diretor da MSL Comunicação, Leurinbergue Lima, o consultor e gestor de mídias sociais, Allison Marques, e o consultor digital, Thallis Cantizani, ambos da Grito Comunicação.

Allison Marques que também é jornalista e mestrando em administração com ênfase em marketing explanou práticas utilizadas no meio online na última eleição nos Estados Unidos e que estão sendo replicadas no Brasil hoje de forma legal. Marques contou ainda que por meio de sua pesquisa, que consiste na coleta e análise de tweets durante a campanha eleitoral, é possível identificar a utilização de ferramentas sorrateiras.

“É muito interessante que quando faço essa coleta às vezes o mesmo tweet é tweetado 500 vezes. Humanamente impossível. Não há uma mobilização de militância que vai ficar ali só replicando esse tweet, não tem. E quando a gente vai olhar a origem desses tweets identificamos justamente os bots, os robôs que estão sendo utilizados,” complementa Alison.

Assessor parlamentar há mais de dez anos, o publicitário Thallis Cantizani ressaltou que um dos grandes desafios para quem trabalha com comunicação na época de eleição é a descrença na política. Em relação à ética no exercício da profissão o convidado denúncia: “A gente conhece pessoas no nosso mercado, e é até engraçado falar de ética na publicidade, mas é uma galera que não tem menos dez de ética. Que trabalha com robôs, que trabalha com mentiras e eles são publicitários… Acontece. Há, e muitos inclusive”, conclui Cantizani.

O jornalista e historiador, Leurinbergue Lima relatou durante sua fala as mudanças nas leis eleitorais que ocorrem a cada nova eleição, explicando que isso faz do profissional de comunicação com trabalho voltado para o processo eleitoral brasileiro, um dos mais requisitados no mundo. Pontuou, ainda, que a democracia no Brasil é muito jovem e precisa de desenvolvimento. “A gente precisa amadurecer, precisa crescer e só vamos fazer isso debatendo, conversando, concordando, discordando, mas, principalmente, respeitando”, propõe Lima.

A estudante de jornalismo da UNI7, Luana Ribeiro conta que foi ao debate em busca de tentar compreender o meio político em que estamos inseridos hoje e como a comunicação vem agindo nesse processo. “Adorei o tema foi superinteressante e espero que tenha mais temas como esse para debatermos dentro da faculdade”, complementa.

O painel não se restringiu a um diálogo fechado. Todos os presentes à sala 500 puderam interagir e expor suas ideias por meio de perguntas aos convidados ou se posicionando abertamente sobre algumas questões.

TEXTO: Eli Naftali (5° semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Matheus Abraão (3º semestre – Jornalismo/UNI7)

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