LEVEL UP: A manifestação artística como aliada na transformação social
História, aspectos técnicos e estéticos, reflexões sobre representatividade construíram o diálogo sobre arte urbana
O terceiro dia de programação da Semana da Comunicação 2018 começou com o painel ”Questão de ocupação: a arte de rua como transformação social”. Com enfoque no grafite, a mesa foi coordenada pela grafiteira Alexssandra Ribeiro, educadora social da Rede Cuca, que compartilhou sua experiência com alunos e professores participantes da atividade que ocorreu na manhã desta quarta-feira, 26.
Tendo como base o movimento hip-hop, Alexssandra apresentou aspectos históricos da manifestação artística e alguns estilos de produção que norteiam a sua prática. Como o thrown up, estilo marcado pela praticidade, geralmente utilizado por iniciantes; o Freestyle, que já apresenta maior dificuldade de execução e compreensão; o 3D, que demanda um nível técnico elevado por conta do detalhamento nas elaborações.
Em relação à pichação, que também é considerada uma expressão artística voltada para um lado mais político, a convidada explica que “não é uma arte para ser bonita, não é uma arte para agradar todo mundo. É para chocar mesmo”.
O aluno Jhon Kleber, de publicidade e propaganda da UNI7, coloca que pelo fato de vir de escola pública já estava familiarizado com a temática do painel. Ressaltou, porém, que a ideia de propor o debate dentro do meio universitário “é bom pra enriquecer mais o assunto, porque muitas pessoas acham que o grafite está mais em alta, mas nem sempre é reconhecido”.
Alexssandra pontuou ainda que, por meio de seu trabalho, busca levar representatividade para as regiões periféricas pelo fato de achar que o grafite tem a capacidade de transformar a realidade das pessoas que estão inseridas nesse contexto.
TEXTO: Eli Naftali (5° semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Vitor Rodrigues (3º semestre – Publicidade e Propaganda/UNI7)