Notícias

LEVEL UP: Diversidade Pop em meio à evolução da representatividade mundial

  • ALDEMIR 06
  • ALDEMIR 09
  • RAYANNE ARAGÃO (9)
  • RAYANNE ARAGÃO (15)
  • ALDEMIR 05
  • ALDEMIR 10
  • ALDEMIR 07
Categoria:

Uni7 Informa

0

Os convidados avaliaram representações feministas e LGBT’s em séries, filmes, quadrinhos e novelas

A diversidade no universo POP foi o tema abordado durante um bate-papo promovido pela Semana da Comunicação, nesta terça-feira, 25, no Centro Universitário 7 de Setembro (UNI7). Os convidados Gambit, editor e redator do site Tapioca Mecânica, Alice Falcão, mídias sociais do Grupo O Povo, Fernandinho Sioli, do O Povo online – popssauro e Rafah Alves, maquiadora e ativista LBGT, tiveram a discussão mediada por Stefhanie Pinheiro e se reuniram no Teatro Nila Gomez de Soárez, junto a alunos e professores.

Há uma evolução a respeito da representatividade, segundo Alice Falcão que cita o filme A Mulher Maravilha, considerado feminista, e afirma que ainda existem passos atrás, como o caso da série Insatiable, da Netflix, classificada como gordofóbica. O filme Pantera Negra também foi bem avaliado, durante a discussão, por ter o elenco, em maioria, negro e por ter produtores com referências africanas.

Já Rafah Alves analisa o filme A Mulher Gato como apelativo ao sexual. “Tem a roupa que objetifica o corpo dela”, e destaca também a representatividade de transexuais em novelas, quando mulheres cisgêneros atuam em personagens trans. “Por que não dá espaço? Existem LGBT’s e mulheres trans maravilhosas, drags maravilhosas que poderiam estar lá fazendo esse papel”. Para Fernandinho Sioli, são poucos os benefícios da expansão da cultura nerd no cinema, que vão para além da difusão.

Críticas foram feitas a filmes que tentam incluir a representividade, mas de modo implícito. De acordo com Gambit, os LGBT’s mal possuem espaço para coadjuvantes. Lista filmes como X-Men e Deadpool, que possuem personagens homossexuais e pansexuais, explícitos em quadrinhos, mas, no filme, não são apresentados de fato, e completa: “Não é essa representatividade que uma pessoa LGBT quer”. A mediadora Stefhanie diz que as pessoas procuram algo para se identificar. “O que faz você gostar muito de um filme, muito de uma série, muito de um quadrinho? É quando aquilo toca você de alguma forma e você se identifica naquilo.”

Sthephanie falou acerca da inteligibilidade e criticou comentários, como “Quem é o homem de vocês duas?” (Foto: Ray Aragão)

Estereótipos
De acordo com Rafah, a sociedade é misógina, machista e patriarcal. Dá como exemplo o fato de um menino adolescente escutar Lady Gaga e ser considerado gay e questiona: “Qual o primeiro apelido que o menino gay recebe na escola? Mulherzinha.” E continua ao dizer que este apelido é dado pois ser mulher é frágil, é ruim à sociedade.

Ela fala ainda que a sociedade estipula que todo gay é afeminado e que toda lésbica quer ser homem. “Uma coisa é ter uma pessoa que quer sair do seu lugar de poder, para ir pra um lugar de fragilidade e é visto como negativo, mas quando a gente pega uma pessoa saindo do lugar de fragilidade para ir pra um lugar de poder, é, aspas bom.” Sobre mercado de trabalho, ela conta que para a travesti e transexual só sobra ser cabeleireira e maquiadora.

TEXTO: Bruna Ramos (3º semestre Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Ray Aragão (5ºsemestre Jornalismo/UNI7) e Aldemir Neto (3º semestre/Publicidade e Propaganda)

Tags: , , , , , , , , ,

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

16 + treze =

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.