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Infoentretenimento televisivo é destaque em conversa com jornalista Nilson Fagata

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Palestra iniciou ciclo de seminários sobre telejornalismo na Fa7

Para o jornalista Nilson Fagata, o jornalismo de infoentretenimento tem modificado o conceito do jornalismo conservador. (Foto: Caio Faheina)

Para o jornalista Nilson Fagata, o jornalismo de infoentretenimento tem modificado o conceito do jornalismo conservador. (Foto: Caio Faheina)

Improviso, criatividade, naturalidade e aproximação com o público. Para o jornalista Nilson Fagata, esses são os pilares do jornalismo de infoentretenimento. Fagata é apresentador do programa “Gente na TV”, transmitido pela TV Jangadeiro, e esteve em palestra na Faculdade 7 de Setembro (Fa7) na manhã de sábado, 21.

A palestra foi organizada pela professora Vânia Tajra, do curso de Jornalismo da Fa7, e deu início a um ciclo de seminários sobre telejornalismo que devem ocorrer aos sábados letivos, até o fim do semestre.

Em seu primeiro momento, o seminário possibilitou debate sobre a polêmica fórmula jornalística que une a informação ao entretenimento: “Nem tudo o que eu faço é certo para o jornalismo, mas é certo para o público”, ressaltou o jornalista Nilson Fagata, ao falar sobre seu posicionamento como apresentador do “Gente na TV”.

Nilson Fagata é conhecido popularmente por suas reportagens sobre fatos pitorescos do cotidiano. Uma delas foi apresentada durante a palestra e contava a história da “Rosa Zoião”, uma moradora de Tianguá que costuma ir a todos os velórios da cidade: “Isso é o tosco da televisão. O que tem de informação aí? Nada!”, disse o apresentador.

No entanto, de acordo com Fagata, essas reportagens geram identificação com o público e abrem espaço para reflexão sobre temas variados. “No caso da dona Rosa, nós também ouvimos uma psicóloga para falar sobre esse tipo de ‘obsessão’”, informou o jornalista; e ressaltou: “Tudo tem limite. No circo, você levanta a cortina, mas tem que saber fazer o espetáculo”.

O estudante de Jornalismo, Rubens de Andrade, discorda da abordagem de infoentretenimento defendida por Nilson Fagata: “Foge muito do objetivo do jornalismo. Não tem ética”. Fagata não rebate. Para ele, um dos poucos momentos em que se justifica jornalista, de fato, é quando faz reportagens para o quadro “Troque o velho pelo novo”, um dos destaques do programa.

A palestra faz parte de um ciclo de seminários sobre telejornalismo. (Foto: Caio Faheina)

A palestra faz parte de um ciclo de seminários sobre telejornalismo. (Foto: Caio Faheina)

No quadro, o apresentador encontra famílias carentes na rua, vai à casa delas e troca aparelhos domésticos ou outros utensílios velhos por novos. “Foi a forma que encontrei para ajudar as pessoas”, disse Fagata.

Ao final, o jornalista deu várias dicas profissionais aos estudantes. A que mais se destacou é simples e direta: “A melhor universidade é a rua. Não deixem passar nada despercebido”, finalizou Nilson Fagata.

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