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INFLUX 2: Discurso de ódio em rede social é tema de reflexão em debate

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Uni7 Informa

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Convidados falam sobre era digital e suas consequências, tendo como centro da discussão o alto índice de preconceito e a polarização política no Facebook

Vivemos numa era em que toda informação é discutida e comentada em tempo real nas redes sociais, podendo repercutir de maneira positiva ou negativa. Foi com esta ideia que o Grupo de Estudos em Marketing Digital do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), coordenado pelo professor Davi Rocha, convidou três pessoas com atuação no cenário político local e no mundo digital para discutir o tema “Facebook, o tribunal do social”, quinta-feira, 25.

Prof. Cláudio Sena, do curso de Comunicação Social da Uni7, foi o mediador da mesa (Foto: Rayanne Aragão)

Sobre a escolha do tema, Davi afirmou que foi pensado do público para o público. Por mais que pareça óbvio e curioso ao mesmo tempo, foram os alunos que indicaram o assunto sobre o qual queriam ver um debate. “Na edição anterior do Influx, a partir do formulário de feedback que a gente passa, um dos temas sugeridos foi essa questão de politização, polarização, minorias, preconceito atrelada ao meio digital”, relata Davi, professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Uni7.

O evento que foi aberto ao público contou com a presença de três convidados à mesa de debates: vereador Célio Studart, advogado Rodrigo Marinho, diretor de operações da Rede Liberdade e o comediante e publicitário Moisés Loureiro, ex-aluno da Uni7. Dentre os convidados apenas Marinho se definiu politicamente. “Eu sou liberal e não tenho medo de assumir meu posicionamento”, enfatizou Marinho.

Segundo o professor Davi, a escolha dos três convidados foi por uma busca de isenção de posicionamento por parte do grupo de estudos, criado em 2014, para melhor absorção de conteúdo divergente. “A gente definiu trazer um representante da direita, um da esquerda e outro mais de centro e o professor Cláudio Sena, da Uni7, como mediador, pra gente conseguir maior isonomia de pensamento”, disse Davi, em entrevista ao Quinto Andar.

Célio Studart destacou a importância do tema ser trabalhado no ambiente acadêmico, falando sobre o mundo que vivemos ser regido pela pós-verdade e que os profissionais da comunicação, marketing, publicidade e jornalismo precisam estar atentos à veracidade daquilo que é constantemente veiculado. “Às vezes Fake News, Hate Speech, é o que impera na internet e temos que ter cuidado com isso”, afirmou o vereador.

Opiniões no debate

Cláudio Sena iniciou com uma provocação ao citar os pensadores da Comunicação, Umberto Eco e Manuel Castells. Loureiro opinou primeiro, afirmando não saber se é possível medir o quanto o avanço do mundo digital é bom ou ruim à sociedade e ainda cutucou o deputado Jair Bolsonaro. “Vemos muito discurso de ódio, inclusive de políticos e se você vota no Bolsonaro, você é doente”, afirmou o humorista.

O comediante Moisés Loureiro, ex aluno da Uni7, colocou em mesa opiniões da esquerda (Foto: Rayanne Aragão)

Os assuntos debatidos foram variando entre o discurso de ódio nas redes sociais, mantendo a linha do tema, e chegaram até mesmo em crises de imagem e econômica por meio das redes sociais. Com fluidez no diálogo, as discordâncias maiores ficaram por conta de Marinho e Cláudio, além de Célio, que debatiam sobre uma necessidade de estar presente nas redes sociais imposta por uma, então, sociedade digital.

Sobre a possibilidade de uma pessoa fugir da obrigação de estar inserido no mundo das redes sociais, o vereador Célio Studart discordou de Marinho e falou que seria como viver há 50 anos, dizendo ser possível não estar em sociedade. “É só morar numa caverna e virar um ermitão que é possível fugir da sociedade”, disse Célio. Marinho discordou e usou o argumento de que o digital não se resume a redes sociais.

Após o debate, Marinho afirmou que os pensamentos liberais que ele defendeu à mesa geram soluções para as crises e ainda que acredita numa crise off-line gerada por uma má impressão em redes sociais como o Facebook. “O que se faz online tem consequências off-line, mas espero que essa minha ideologia (liberal) faça do país um local mais livre e mais próspero no mundo off-line”, disse o advogado.

O debate teve aproximadamente duas horas de duração, seguindo entre os temas de política, racismo, preconceito contra minorias e outros. Em momento de perguntas do público, os convidados foram indagados sobre o preconceito racial no mundo online. Na resposta, ambos concordaram que todo indivíduo que comete racismo deve ser preso. Seja na internet ou no mundo fora dela tem que ser preso, considerando os princípios da própria Constituição brasileira.

 

Texto: Adailson Silva (6º semestre – Jornalismo)
Foto: Rayanne Aragão (2º semestre – Jornalismo)

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