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IDENTIDADE VISUAL: Dona Foca não morreu. Está em outro lugar no Beach Park

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Em bate-papo com estudantes da disciplina de Identidade Visual, do curso de Design, Alice Studart fala sobre a mudança da marca da empresa e explica a retirada da personagem Dona Foca

Com design arrojado, nova marca valoriza a identidade visual da empresa Beach Park (Foto: Divulgação/Beach Park)

Com design arrojado, nova marca valoriza a identidade visual da empresa Beach Park (Foto: Divulgação/Beach Park)

Não é preciso ser expert em teorias sobre design para concordar que a marca de uma empresa deve caminhar ao lado de sua proposta mercadológica. Esse pensamento remete à recente modificação na logo da empresa Beach Park, que atua no segmento de turismo e hotelaria. O mais famoso empreendimento do complexo turístico é o parque aquático, localizado a 16km de Fortaleza, no Porto das Dunas.

A antiga logo do complexo, que mostrava a figura da personagem Dona Foca envolta na letra “B” de Beach Park, como se estivesse apoiada em uma boia, foi alterada para outra em que não há mais a tão popular personagem. Segundo Alice Studart, supervisora de branding do Beach Park, a decisão busca padronizar a empresa e sugerir a ideia de um complexo turístico que vai além do parque aquático. “Tínhamos uma marca que era quase replicada em todos os nossos produtos”, explica a profissional.

A mudança, de acordo com Alice, foi bem aceita pelo público. Menos, é claro, pelos clientes locais, que tinham a Dona Foca como uma lembrança querida de dias ensolarados e tobogãs gigantes. “No começo, foi bem difícil”, conta. Por isso, antes de tomar qualquer atitude, a equipe de marketing do complexo estudou, por um ano, a melhor forma de fazer a mudança. “A gente percebeu que o nome ‘Beach Park’ era bem mais forte do que a marca. As pessoas escutavam o nome e remetiam a parque aquático, mas não visualizavam a marca da empresa”, esclarece Alice.

Responsável pelo monitoramento de branding do Beach Park, Alice Studart explica que a marca do Beach Park foi modificada para valorizar a empresa. (Foto: Gleidson Lemos)

Responsável pelo monitoramento de branding do Beach Park, Alice Studart explica que a mudança da marca exigiu pesquisa e paciência (Foto: Gleidson Lemos)

Alice Studart conta ainda que, na medida em que a empresa mostrou aos seus clientes que a Dona Foca não tinha morrido e que ela apenas precisava “achar o seu lugar no mundo”, a adaptação foi mais tranquila.

Na ótica dos mestres

Para o professor Diego Henrique, do curso de design da Faculdade 7 de Setembro (Fa7), um dos responsáveis pela presença da profissional Alice Studart, a pesquisa que precede a mudança de uma marca é essencial. “A mudança do branding do Beach Park ainda está em processo e já completa dois anos, sendo que, destes, aproximadamente um e meio foi investido em análise, pesquisa e tratamento de dados”, destaca o professor.

Para Nila Bandeira, coordenadora e professora do curso de design da Fa7, o grande desafio para quem trabalha com identidade visual “é conciliar técnica, intuição e o bom gosto do designer e do cliente”.

De acordo com o pensamento de Diego Henrique, Nila afirma que, além de atender às necessidades institucionais e mercadológicas de uma empresa, a mudança de uma marca deve compreender as necessidades e o perfil do consumidor final. Dessa forma, segundo a coordenadora, “as decisões sobre símbolo, tipografia, cores e outros elementos são muito mais eficientes, gerando melhores resultados”.

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