#DEBATEFA7: João Alfredo é contrário ao financiamento empresarial de campanhas

Dentre as críticas do vereador estão a participação de grandes empresas nas campanhas políticas e a militarização da guarda municipal

O candidato enfatizou que o prefeito dessa cidade tem que ser defensor da liberdade dos direitos humanos (Foto: Eduardo Maranhão)

O candidato João Alfredo (PSOL) chegou à sala de recepção acompanhado dos companheiros de partido como o deputado estadual Renato Roseno e o candidato a vereador, Ailton Lopes, além de assessores. Foi recebido no debate com aplausos pelos seus simpatizantes e vaia pelos dos outros candidatos. Em sua primeira fala, o vereador se manifestou contra o Presidente da República ao enunciar: “Fora, Temer!”. Alfredo afirmou que estava feliz em participar de seu primeiro debate eleitoral deste ano e enfatizou que continua desconvidado pelas emissoras de TV, mesmo quando não são proibidas de chamá-lo.

Destacou a desigualdade social em Fortaleza ao citar que a cidade convive diariamente com IDHs destoantes entre os bairros. “Não é com mais repressão, com Guarda Municipal militarizada que se resolve o problema. Nos bairros mais abandonados é onde está a maior violência”, apontou o vereador ao se referir às questões de segurança pública. Além disso, apresentou uma linha política voltada para a preservação do meio ambiente, citando projetos de energia solar e arborização. Outro ponto de destaque das propostas do candidato foi a participação popular por meio de conselhos e assembleias.

No debate, em pergunta direcionada ao Capitão Wagner (PR), Alfredo questionou as propostas do adversário relacionadas à desmilitarização da polícia e armamento da Guarda Municipal, ironizando ao dizer que a candidatura do opositor parece ser para o cargo de secretário de segurança pública. Ao ser perguntado por Heitor Férrer (PSB) sobre a presença de “grandes caciques” no apoio às candidaturas, o candidato do PSOL respondeu que essa pergunta não diz respeito a ele, mas ao Capitão Wagner, que tem o apoio de dois senadores. “Figuras comoEunício, que já participou de diversos partidos e é uma vergonha da política cearense. Só quer sugar e não apresenta projeto político nenhum”, pontuou, em fala incisiva contra os apoiadores do candidato do PR.

Alfredo também se posicionou em favor da regulamentação dos aplicativos de táxi, mencionando a isonomia com os taxistas tradicionais, e das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS). O vereador se mostrou contra o financiamento empresarial de campanhas políticas e explanou a lista de financiadores da campanha do atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No discurso final do candidato foi citada a retirada de diretos, promovida pelo governo de Michel Temer (PMDB). “A gestão do Temer quer impedir as manifestações democráticas. Então, o prefeito dessa cidade tem que ser um defensor da liberdade, dos direitos humanos e se bater com o Governo Federal, afirmar a Constituição de 88 e a democracia”, acentuou em exposição acalorada.

Karol Saldanha
4º semestre