COMUNICAÇÃO: Quando as marcas controlam a mídia e a mídia controla a massa
Estudantes debatem a influência dos meios na sociedade com participação de aluna do curso de Jornalismo da FA7
Segunda-feira é conhecida como o dia da preguiça. Mas, o que você acha de começar esse dia de forma diferente e com um toque de conhecimento midiático? Foi assim que as turmas do 3º ano do Colégio Irmão Urbano González Rodrigues, no Parque São José, iniciaram a semana.
É indiscutível o poder da mídia perante a sociedade, principalmente agora, nesse momento político tão intenso o qual estamos passando. A corrida revolucionária através dos meios de comunicação continua a passos largos com a internet, onde há inúmeros internautas, formadores de opinião ou não, que influenciam a massa, tendo como alvo fácil a juventude. A professora de português, Emanuele Canafístula, organizou para os alunos um debate com o tema “A influência da mídia na sociedade”.
Para a professora vivemos um momento do despertamento, que pode ser fadado ao esquecimento se não houver continuidade, uma mudança de atitude. “A população, de um modo geral, tem usado o lado negativo dos meios de comunicação. No YouTube, por exemplo, os vídeos com mais links são os engraçados. Pouco vejo as pessoas comentarem acesso a vídeos educativos. A internet tem um leque gigante de informações e as pessoas acabam se perdendo,” ressalta Emanuele.
Como mediadora ela apresentou assuntos críticos para esclarecimento dos alunos como, por exemplo, o slogan do filme publicitário do jornal Folha de São Paulo, no comercial do Hitler: “É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”. A afirmação revelou aos jovens o seu papel como seres pensantes, que participam de uma sociedade fragilizada e a mercê do 4º poder, devido ao comodismo constante de apenas consumir a informação pronta. Como convidada, participei do debate com esclarecimentos e informações sobre o papel da mídia e como as pessoas consomem as informações e acabam sendo influenciadas inconscientemente.
Os jovens levantaram questionamentos e demonstraram surpresa diante das revelações sobre o domínio massivo da mídia. Para o estudante Peter Frota, 17, o papel da mídia é informar as pessoas de forma imparcial, embora considere bastante difícil. “A manipulação está em tudo, e nós temos que acordar e separar o que realmente é real”.
“Não podemos só aceitar o que a mídia diz, mas pesquisar outras fontes. Porém, é difícil achar fontes confiáveis,” reconhece Bruno Duarte, 17. Já a estudante Johana Kesya, 17, declarou seu posicionamento após o debate. “As marcas controlam a mídia e a mídia controla a massa. É totalmente impossível ter uma comunicação imparcial já que essa é manipulada pelas marcas e por quem tem poder. Esse debate foi como um abrir de olhos. Ajudou-me a ter uma visão mais crítica sobre o que consumo na mídia”.
O debate aconteceu durante dois dias. Despertou o interesse nos jovens em conhecer o que há por trás desse maravilhoso sistema de informações, que possui tanto poder sobre a sociedade, e a deixa anestesiada ao ponto de não sentir a mudança em seu estilo de vida, comportamento e princípios.
O vídeo do jornal Folha de São Paulo pode ser visto aqui
Evaniely Christine
5º semestre