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APROVAÇÃO: Ex-aluno de Jornalismo da FA7 aprovado em mestrado de Comunicação na UFC

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Além do jornalista Augustiano Xavier, o publicitário Thomas Sandes também foi selecionado

Entender como a juventude se apropria das atividades de Comunicação no Núcleo de Comunicação Popular do Centro Urbano de Cultura Arte e Esporte de Fortaleza (Cuca) em Fortaleza e como é feita a reflexão e produção midiática destes jovens. Com este tema ex-aluno do curso de Jornalismo da Faculdade 7 de Setembro (FA7), Augustiano Xavier, foi aprovado e inicia este ano, o mestrado em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Ao todo, 78 alunos se inscreveram no processo, mas apenas 22 foram aprovados. Além de Augustiano, o ex-aluno Thomas Sandes, que concluiu o curso de Publicidade na FA7, no segundo semestre de 2014, também foi selecionado. O Quinto Andar bateu um papo com o mestrando que contou um pouco da sua trajetória e deu dicas valiosas para quem quer seguir em busca do mestrado.

Augustiano Xavier, foi aprovado e inicia este ano, o mestrado em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC) (Foto: Daniel Silva)

Augustiano Xavier, foi aprovado e inicia este ano, o mestrado em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC) (Foto: Sarah Veloso)

Quinto Andar: Antes de tudo, parabéns pela aprovação no mestrado. Você pode fazer um histórico do seu projeto, como foi apresentado? Qual foi o passo a passo para obtenção da sua aprovação?
Augustiano Xavier: O projeto tem muita relação com a monografia que apresentei em 2014.1, na FA7. Ele trata a apropriação pelas juventudes da cidade das atividades que ocorrem no Núcleo de Comunicação Popular do Centro Urbano de Cultura Arte e Esporte de Fortaleza (Cuca). Espero, a partir da pesquisa, compreender como a juventude se apropria das atividades que acontecem no local (oficinas de rádio, de TV, produção de fanzines, jornais) e como eles utilizam esses produtos para quebrar com estereótipos construídos pela grande mídia. Esse é um dos focos. O outro é estudar as políticas publicas de juventude. Em Fortaleza, há um cenário peculiar, com políticas públicas voltadas para a promoção da reflexão da produção midiática, principalmente a convencional ou de massa. A juventude, convidada a refletir sobre essa produção midiática, também é instigada a partir dessa reflexão, a desconstruir aquilo que ao longo do tempo foi construído pela grande mídia e disseminar uma produção que é pautada sobre a reflexão crítica dos processos.

QA: Qual a sua expectativa em relação ao mestrado?
AX: Considero o mestrado um passo de grande importância e tenho uma responsabilidade sem tamanho porque vou trazer à tona uma pesquisa nova para a academia, por ser um cenário muito novo. Tanto os Cucas como os Núcleos de Comunicação Popular são muito recentes.

QA: Mas você pretende seguir a carreira acadêmica ou ela lhe servirá de base para outros planos?
AX: Espero seguir na carreira acadêmica de fato. Quero produzir uma pesquisa consistente com base no que me proponho a fazer e o doutorado é uma meta prioritária. Esses dois anos serão focados no mestrado, nessa pesquisa e depois no doutorado. A minha trajetória tem muito sobre essa discussão: juventude, democratização da comunicação, apropriação dos meios alternativos e populares pela juventude… Penso que o doutorado seguirá essa linha.

QA: E a carreira profissional como jornalista continuará nos planos?
AX: Espero construir uma carreira acadêmica que me dê condições de passar todo meu conhecimento para outras pessoas. Acho que ainda existe carência de professores e pessoas que consigam, de fato, tratar essa discussão da democratização da comunicação voltada para questões ligadas à juventude. Claro que não descarto trabalhar em outros veículos, exercendo a função de jornalista, mas, por hora, quero focar na carreira acadêmica.

O mestrando contou um pouco da sua trajetória e deu dicas valiosas para quem quer seguir em busca do mestrado (Foto: Daniel Silva)

O mestrando contou um pouco da sua trajetória e deu dicas valiosas para quem quer seguir em busca do mestrado (Foto: Sarah Veloso)

QA: No seu histórico, qual sua formação e experiência?
AX: Aos 19 anos comecei em um projeto social na ONG Fábrica de Imagens. Voltado para inserir jovens no campo do audiovisual, trabalhando comunicação, passei seis anos produzindo vídeos socioeducativos e um programa de TV, chegando até a dirigi-lo. Tudo pautado na discussão para juventude. Saí da ONG e entrei no curso jornalismo. Trabalhei na assessoria da comunicação da Coordenadoria Especial de Participação Popular, na Prefeitura de Fortaleza. Trago as reflexões de um jovem que participou de um projeto social, que teve a oportunidade de ter contato com uma série de profissionais da comunicação e de produzir muita comunicação. Depois passei pela academia e produzi uma série de reflexões nas disciplinas. Tudo serviu de base na preparação para essa nova etapa, que é o mestrado.

QA: Qual a importância da FA7 nesse processo de conseguir o mestrado?
AX: A FA7 foi uma escolha muito certeira. Aqui, de fato, pude ter condições de aprofundar reflexões que eu trazia do espaço da ONG. Além das questões teóricas e práticas, os professores abriram espaço para um debate voltado para questões pertinentes, que foram fundamentais para que fizesse um projeto de mestrado consistente. Fui muito motivado pelas professoras Edma e Kátia e pelo professor Ismar Capistrano, que era meu orientador na defesa. Todos foram muito sensíveis com meu projeto, pontuando aquilo que precisava melhorar, visualizando um projeto de mestrado na minha monografia, e a presença do professor Ismar que acompanhou todas as etapas do processo de seleção. A FA7 me deu esse espaço que foi fundamental para chegar a esse mestrado.

QA: Qual o recado que você deixa para os alunos de graduação, não apenas da Comunicação, mas da FA7, em relação à busca por um mestrado como esse?
AX: Primeiro, você deve saber o que lhe espera para o futuro. O mestrado não é algo impossível, mas requer dedicação, empenho, foco, não é fácil. Falta ocuparmos esse espaço também. O Thomas e eu, somos os primeiros alunos da FA7 a entrar no mestrado de Comunicação da UFC. Para além de pensar a graduação em Comunicação, seja em jornalismo ou publicidade, para o mercado de trabalho, a academia também carece do nosso olhar, das pessoas que estudam aqui. E espero que mais alunos na FA7 possam fazer essa escolha.

Jackson Pereira
7º semestre

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