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ABERTURA DO SEMESTRE: Plágio é tema de palestras para estudantes dos cursos de Comunicação Social

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Profissionais do jornalismo, da publicidade e do Direito falam sobre este grave problema tão presente hoje em dia no ambiente universitário

André Figueiredo mostrou exemplos de comerciais com características semelhantes (Foto: Francisco Wellington)

André Figueiredo mostrou exemplos de comerciais com características semelhantes (Foto: Francisco Wellington)

Plágio, a violação dos direitos autorais, registros de suporte, direito à propriedade intelectual e normas. Estes foram alguns dos temas apresentados na abertura oficial do semestre 2014.2 dos cursos de Comunicação Social da Faculdade 7 de Setembro (FA7). Os debates aconteceram no auditório do segundo andar da Faculdade, nos períodos da manhã e noite desta terça-feira, 19.

Pela manhã, os estudantes foram recebidos pelas professoras Talita Guimarães e Nila Bandeira, coordenadora do curso de Design Gráfico, para as palestras do publicitário João Filho, e do jornalista André Nogueira, CEO da agência publicitária Flex and Comunicação.

O assunto foi abordado nos âmbitos acadêmico e mercadológico e escolhido por conta de experiências e registros de ocorrências nos últimos semestres. “A gente pôde perceber um desconhecimento dos estudantes, ao ignorar que esse crime existe. Por esta razão, houve a necessidade de falar e informar sobre o assunto fortemente”, disse Nila Bandeira.

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“O grande engano, e erro, é achar que vai ficar impune”, alerta João Filho a respeito de plágio em trabalhos (Foto: Francisco Wellington)

João Filho destacou a aplicação da Lei no 9.610, em função da facilidade de ter acesso a informações e textos, “Com a facilidade do acesso a informações e textos, a internet é tentadora. O problema é que a pessoa pega uma obra que já tem autor e assina como sendo sua… O grande engano, e erro, é achar que vai ficar impune”, lembrou o publicitário. André Nogueira ressaltou que essas possibilidades também ajudam a descobrir plágios e a ter acesso às ideias similares, evitando a coincidência criativa, que pode ser facilmente confundida com plágio.

À noite, o professor Felipe Barroso, do curso de Direito da FA7, e o jornalista Fernando Brito, diretor de projetos editoriais da Vibri Design & Branding debateram o mesmo tema. O professor fez menção às Leis 9.279/96, de marcas e patentes, e 9.610/98, de direitos autorais. Brito, especialista em Design Editorial, apresentou exemplos de como trabalhar e aplicar referência, sem cometer plágio.

Barroso destacou alternativas para se evitar plágio e ser plagiado, além das medidas que podem ser tomadas, com base na legislação. “Se você tiver uma ideia e não registrá-la, não terá como provar que ela é sua”, ressalta o professor.

Ele chamou atenção ainda para a diferença entre direito autoral moral e direito autoral patrimonial, exemplificando o que é de direito das pessoas e o que é de direito público. “Moral é aquele de paternidade, e patrimonial é o de uso, gozo e disposição”, disse o professor.

Felipe Barroso apresentou leis de direito autoral e deu dicas para evitar o plágio e evitar ser plagiado (Foto:Tarcísio Feijó)

Felipe Barroso apresentou leis de direito autoral e deu dicas para evitar o plágio e evitar ser plagiado (Foto:Tarcísio Feijó)

Já o jornalista apresentou exemplos de referências, e as diferenças em relação ao plágio. “Referência é uma ação ou efeito de referir, algo ou alguém. E plágio é o ato de assinar uma obra alheia”, disse. Brito ainda mostrou como é importante a ideia de conhecer e ter muitas referências quando for criar algo interessante para apresentar ao cliente. “Cabe ao publicitário procurar e encontrar respostas para o cliente, por isso é importante conhecer e estar bem informado”, finaliza o jornalista.

Os estudantes também gostaram do tema escolhido, como destaca a estudante de Publicidade e Propaganda, Lanaya Diniz. “Nós fazemos muitos trabalhos e futuramente vamos fazer peças e campanhas publicitárias, então é bom que a gente já fica ciente do que fazer para proteger nossas ideias e para não ter perigo de plagiar nada”, disse Lanaya.

Referência é outra questão que pode ser confundida com plágio. “É muito importante saber disso, porque, às vezes, sem querer, a gente acaba plagiando alguma coisa, pensando que está só fazendo uma referência. Então, é importante a gente saber até que ponto é referência e a partir de onde é plágio”, disse o estudante de Jornalismo, Daniel Costa.

Apesar de ser abordado muitas vezes em palestras e na própria sala de aula, alunos ainda cometem tal erro, involuntária ou voluntariamente. “Palestras assim servem de alerta aos alunos que venham a plagiar, mostrando que os professores podem e vão notar o plágio no texto e ele vai ser punido”, afirma Carolina Andrade, estudante do 4o semestre do curso de Publicidade e Propaganda.

Clara Jovino e Beatriz Rocha

4° / 5° semestre

 

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