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21 POR CENTO: Abstenções foram decisivas no resultado das eleições

  • Urnas eletrônicas - Foto - BBC
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Uni7 Informa

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Além das “Fake News”, nulos e brancos também marcaram a corrida presidencial 2018. Estes índices foram determinantes para um dos candidatos do segundo turno ocupar a vaga no Planalto

Uma das consequências de um intenso momento político de polarização e extremismo foi sentida nas urnas no segundo turno. Foi registrado um índice de 21 por cento de abstenções, mais de 30 milhões, e quase 10 milhões de votos nulos e brancos, segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com registro mais alto em comparação às eleições anteriores, parcela dos eleitores brasileiros se mostrou insatisfeita com os candidatos à presidência, desde o primeiro turno.

Com a justificativa de “protesto” aos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), votantes se abstiveram dos seus votos, insatisfeitos e com o sentimento de não representação nas urnas. Para o então candidato do Partido Social Liberal, o efeito dessas abstenções não teve impacto direto, já que o político se mostrava à frente nas pesquisas de boca de urna. Tais votos poderiam representar uma ameaça se direcionados ao seu candidato opositor.

Segundo dado divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TCE) cerca 30 milhões de brasileiros se abstiveram do voto

O que se percebeu nos dias anteriores às eleições do segundo turno foi uma crescente petista, na qual levava o candidato Haddad à esperança de uma virada simbólica. Mesmo com o sentimento antipetismo sendo o principal desafio ao longo da campanha do candidato pelo Partido dos Trabalhadores, sua estratégia voltou-se a conquistar os votos dos indecisos. Na reta final de seus esforços, o presidenciável contou com a ajuda de famosos, que começaram a sair às ruas conversando com eleitores, tentando os convencer ao voto no PT.

Matheus Souza, 21, manteve seu voto definido desde o primeiro turno, mas acredita que todo cidadão tem direito de escolha, e deve ter a liberdade de votar de forma isenta. Para ele, os votos brancos e nulos foram benéficos e prejudiciais para ambos os lados. “Dos milhares de votos nulos no primeiro turno, uma parcela foi destinada para os candidatos. Ainda assim houve abstenções, pois, muitas pessoas dificilmente mudaram de opinião e outras anularam o seu voto por estarem desacreditadas”, afirma.

A eleitora indecisa, estudante Brenda Lima, 21, acreditava que se abster da decisão seria a escolha correta, julgando ser uma forma de protesto. Sentindo falta de representação a acadêmica de publicidade cogitou votar em branco, mas optou por escolher exercer seu voto, aconselhada por amigos “Entendi que estaria favorecendo a um dos dois votando nulo. Depois de conversar, debater, pesquisar, cheguei à conclusão, porém, de que estava errada em me abster da escolha”, declarou a estudante. Brenda confessou não ter prospecções para o futuro, mas espera com ansiedade as decisões que serão tomadas pelo novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

TEXTO: Onivaldo Neto (3º semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTO: TSE

“Esse sentimento é o pedido de mudança que o povo brasileiro quer, e que só cresce a cada dia, foi o responsável pelo resultado dessas eleições”
Matheus Souza

“Votos brancos e nulos favorecem o outro pelo simples fato da questão da falta de posicionamento do cidadão”
Brenda Lima

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