INSTAGRAM: Espaço virtual preferido dos investidores que sonham com próprio negócio
- Quinto Andar
- 3 fev, 2018
A rede social investe em ferramentas próprias que ajudam o dono da loja digital a trabalhar com seu público alvo, além de ser um passo inicial para que lojas da web se tornem físicas
Com um potencial de crescimento, as redes sociais, principalmente o instagram, se apresentam como uma alternativa para quem quer começar seu próprio negócio. No dia 30 de novembro de 2017, o instagram divulgou um comunicado onde relata ter alcançado 25 milhões de perfis corporativos em sua plataforma.
Para facilitar mais ainda a vida de quem deseja ser o seu próprio chefe, desde agosto de 2016, os usuários podem criar um perfil “comercial” no instagram e administrar a página com acesso a métricas.
No instagram, o administrador tem acesso como o perfil dos seus seguidores (idade, gênero e local de origem), tempo médio que passam na plataforma, dias da semana que mais geram curtidas e comentários e demais informações que permitem o crescimento dos perfis comerciais.
Boa parte das empresas que fazem sucesso no Instagram vendem produtos físicos, no entanto isso não é um problema para outras organizações ou até pessoas físicas. Hoje em dia, blogueiros e modelos ganham dinheiro com a plataforma. Os “digital influencers” são produtores de conteúdo que utilizam as redes sociais para influenciar comportamentos tanto na internet e fora dela.
É o caso do publicitário e digital influencer, Yago Gadelha, 21 anos, que começou a compartilhar suas vivências no instagram e hoje já tem mais de 20 mil seguidores na rede. Inicialmente, em 2015, o publicitário criou um perfil onde falava de alimentação saudável e foi se tornando conhecido no meio digital de Fortaleza. “As pessoas acompanhavam o meu perfil de alimentação, que se chamava ‘top dieta’, e começaram a me seguir também no meu instagram pessoal. Os seguidores pediam dicas de alimentação e eu era convidado para inauguração de lojas de comida saudável e de lojas de suplemento”.
Hoje, Yago cuida apenas do seu perfil pessoal, mas conta que em 2015, quando começou a trabalhar com redes sociais, chegava a faturar 500 reais por mês apenas com publicações pagas. “As marcas me pagavam para publicar postagens relacionadas a produtos saudáveis e até para publicar que estive em algum evento. Foi uma época que me rendeu bons frutos e até hoje consigo faturar com isso. Percebi que as redes sociais, principalmente o instagram, são plataformas essenciais para quem deseja aumentar a renda nos dias de hoje”, comentou.
No entanto, mesmo com o crescimento no número de usuários no Instagram, para muitas empresas a plataforma continua sendo uma incógnita e difícil de utilizar, já que tem como principal conceito a produção de conteúdo visual. Algumas organizações têm pouco apelo com a imagem. Nessa ocasião, surge o “social media”, ou seja, o marketing de redes sociais que ajuda uma empresa a aumentar a exposição da marca e ampliar o alcance do cliente. O objetivo é criar conteúdos que convençam o suficiente para que os consumidores compartilhem nas suas redes sociais aqueles produtos.
“Percebi que as redes sociais, principalmente o instagram, são plataformas essenciais para quem deseja aumentar a renda nos dias de hoje”
– Yago Gadelha
O estudante de jornalismo Eliézio Jeffrey, 20 anos, comenta que as disciplinas do curso o ajudaram a ter uma visão sobre o assunto e hoje ele trabalha diretamente como social media. “Faço o marketing digital de um salão de beleza de Fortaleza. É um desafio diário, porque temos que fazer das publicações cotidianas uma novidade e também criar ações no meio digital que visem o crescimento do cliente”, explica. O social media chega a cobrar de R$ 600 a R$ 1000 reais com a administração das redes sociais, dependendo do tipo de conteúdo que precisa produzir.
AS LOJAS QUE SAÍRAM DO MUNDO VIRTUAL PARA O REAL
Em muitos casos, o virtual parece já não ser o suficiente e não suprir as demandas dos clientes, por isso muitas empresas vêem a necessidade de construir uma loja física. É o caso dos sócios Jadson Silva e Daniel Silva, respectivamente 22 anos e 37 anos, que sempre tiveram vontade de empreender e encontraram nos quadros decorativos uma oportunidade. Inicialmente, montaram a loja no instagram, intitulada de Quadrecor e logo de início obtiveram um retorno significativo.
Para Jadson, o diferencial deles é a abordagem. “Resolvemos trazer uma abordagem dos quadros de forma diferente, onde mostramos exatamente nossos produtos e também produzimos fotos externas em ambientes públicos e conhecidos de Fortaleza, como Parque do Cocó, Praça Luíza Távora, Praça do Ferreira e Av. Beira Mar. Além disso, envolvemos a nossa marca com temas importantes como o grafite”, explica.
Depois de 7 meses vendendo apenas no instagram, os sócios viram a necessidade de instalaram um espaço físico e optaram por trabalhar numa loja colaborativa. “É um novo conceito de loja, que reúne diversas marcas de todos os tipos de segmentos, onde todos juntos colaboram para o crescimento do espaço e o dono de cada marca passa a ter mais tempo para poder produzir e fazer outras coisas, sem precisar ficar um dia inteiro na loja”, disse Jadson.
“As redes sociais são efêmeras, uma hora ou outra tudo muda, por isso é bom ter esse local fixo”
– Isabelle Pertenelli
Algo parecido ocorreu com Isabelle Pertenelli, 23 anos, dona da “Sereia Loja”, especializada em produtos da moda, que iniciou com um brechó no instagram no ano de 2014 e hoje tem 27 mil seguidores nas redes sociais. A empreendedora diz que no começo foi complicado, mas criou estratégias para se popularizar na internet. “Depois que criei a minha lojinha, chegaram outras empresas até com o mesmo nome, porque teve uma época que se popularizou muito o conceito de sereia. Para conseguir um alcance, eu seguia as pessoas para que elas conhecessem minha loja e fazia parcerias com personalidades que se identificavam com a loja”, disse.
Isabelle Pertenelli é a dona da Sereia Loja e se dedica às vendas virtuais (Foto: Facebook)
Hoje, a Sereia Loja envia produtos para todo o Brasil e a lojista viu a necessidade de criar um ateliê. “Por enquanto o ateliê funciona uma vez na semana, mas eu sempre anuncio nas redes sociais para minhas clientes. Tem semanas que eu abro para marcação de horário. As redes sociais são efêmeras, uma hora ou outra tudo muda, por isso é bom ter esse local fixo”, disse.
NÚMEROS INSTAGRAM
400 milhões de usuários acessam o Instagram diariamente (de um universo de 700 milhões de usuários ativos);
45 milhões de brasileiros são usuários ativos do Instagram;
80% dos instagrammers seguem pelo menos um perfil comercial;
25 milhões de perfis corporativos em sua plataforma
Texto: Joseanne Nery (Concludente – Jornalismo/UNI7)
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