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BEM ESTAR: Bicicleta como veículo de mobilidade urbana e sustentável

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Reportagens

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Além das vantagens financeiras, como deixar de gastar com ônibus ou gasolina, há também vantagens físicas e mentais

Seja em grandes centros urbanos ou em pequenas cidades são muitas as dificuldades enfrentadas por quem decide trocar o automóvel por uma bicicleta. Os ciclistas de Fortaleza pararam de usar a bicicleta apenas na prática do esporte e hoje usam também como meio de transporte. Seja para ir ao trabalho, faculdade ou passeio com amigos. As pessoas buscam qualidade de vida e, mesmo com cada vez mais bicicletas nas ruas, muita gente estranha quem deixa o carro de lado para usar a “magrela”.

Marlucia Silva no calçadão do Parque do Cocó (Fotos: Gutemberg Fonseca)

A bicicleta acelera, mantém a velocidade, desacelera e para de maneira totalmente diferente de qualquer veículo motorizado e os maus hábitos dos motoristas são decisivos para quem decide ir e vir. “Não é o uso correto dos equipamentos que me traz segurança. Nada diminui o medo e o principal problema são os motoristas” conta Paulo Mesquita, professor do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), que utiliza a bicicleta como meio de transporte.

Aldo Marcozzi, também professor da Uni7, lembra que tirar a ênfase do automóvel é interferir sobre hábitos enraizados da sociedade. “Vivemos em uma cidade quente, ensolarada e com pontos distantes. E apesar das pessoas estarem propicias a adesão cada vez maior da bicicleta, enquanto não houver o coletivismo do Estado com a sociedade, as coisas não vão mudar.”

Fortaleza tem apenas 194 km de malha cicloviária, segundo informações do site da Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza. Questionado sobre a perspectiva de melhora, Marcozzi diz não acreditar em um aumento. “A partir de outras cidades a tendência é tirar alguns pontos onde existem ciclofaixas instaladas. Isso pode até mudar, mais só se o governo democratizar os modais”.

Fim de tarde na volta para casa na Avenida Governador Raul Barbosa (Foto: Gutemberg Fonseca)

Marlucia Silva, diarista há mais de 10 anos, comenta que é possível fazer da bicicleta uma opção viável para o deslocamento de pessoas. Ela vai e volta do trabalho com a Judite, nome carinhoso que deu à bicicleta. “É preciso atenção, como qualquer outro veículo. Mas, a bicicleta é o melhor. Além de menos tempo gasto no trânsito, ainda faz bem para a saúde”.

Quem usa bicicleta sabe da alta demanda energética. A nutricionista Rayanne Vieira diz que, aliada à alimentação correta, é uma grande aliada. Ela dá algumas informações. “Além do adequado aporte de carboidratos, deve conter fontes de proteínas e gorduras, além de muitas frutas e verduras”. Rayanne lembra que apenas a alimentação não é o suficiente, mas também um bom descanso e horas de sono são fundamentais.

 

 

 

 

Texto e Fotos: Gutemberg Fonseca (5º Semestre – Jornalismo)

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