BANDAS: Cenário musical ganha força com surgimento de novos talentos
O fortalecimento da cena é visível pela conquista dos espaços públicos voltados para construção e disseminação dos trabalhos como da banda Apineia
Eles têm em comum não só a juventude, mas o sonho de chegar ao público. Neste início de carreira, eles procuram mostrar, além de talento e potencial, que têm habilidades para trabalhar em grupo e movimentar a cena musical do Ceará. A Apneia é uma deles. Banda independente, formada por quatro jovens músicos que a médios passos vêm conquistando o cenário underground na capital.
Passos para o Futuro é o primeiro single de lançamento. Mas, eles não param por aí. O quarteto de músicos trabalha na construção de dois vídeos clips das músicas: Um samba pra ninguém saber e Dias de frio. Também pretendem reunir bandas parceiras em prol da elaboração do Apneia Festival, evento de comemoração de um ano.
Keven Rodrigues, baixista da banda, explica que o intuito principal da realização do Apneia Festival é arrecadar dinheiro para produzir o primeiro CD. A atual formação conta com Amanda Flowers, guitarrista; Gabriel Freitas, vocal e teclado e João Batista, baterista.
De acordo com os três integrantes da banda, Apneia é um projeto que existe desde quando eles estavam no ensino médio. “Amanda veio para completar a banda”, enfatizam. Amanda Flowers é a presença feminina e ocupa a posição de guitarrista. “Tocar sempre é um desafio, mas, recebo muito apoio familiar, dos amigos e, em especial, da guitarrista Tina Paulo. Antes, tocava baixo e, agora, voltei a tocar guitarra”, explica.
Partindo de uma ideia metafórica, Apneia significa ‘interrupção momentânea da respiração’. A banda explica o significado do nome. “A nossa ‘apneia’ é a do mergulho. Interrompemos nossa respiração para mergulhar em altas profundidades, mergulhar em sentimentos, ideias que possam sempre trazer reflexões”, explica Gabriel.
Influências que vão da música brasileira para o indie distorcido, chegando no hardcore até o eletrônico, são alguns ingredientes que compõem a identidade da banda. Keven ressalta a importância do componente eclético. “Passamos boa parte do nosso tempo ouvindo música e procurando coisas novas. Costumo sempre dizer que temos que ouvir de tudo, do funk ao carimbo”.
O caminho trilhado pelas bandas independentes, no entanto, nem sempre é um mar de rosas. É preciso superar várias barreiras para continuar com a arte. “As dificuldades começam no momento em que digo pra minha família ‘quero ser músico, quero ser artista. Depois disso, são inúmeros os obstáculos e, vão desde a passagem de ônibus, aquisição dos instrumentos que são caros e, a construção dos espaços”, frisa João.
“As dificuldades começam no momento em que digo pra minha família ‘quero ser músico, quero ser artista”
João Batista
Bandas como a Apneia procuram se consolidar no cenário musical por meio da conquista de espaços voltados para exibição do trabalho. Segundo João Batista, as pessoas costumam dizer que artista não trabalha. “Essa é uma visão pejorativa que precisa ser mudada. O nosso trabalho requer responsabilidade como outro qualquer. Temos que cumprir agenda aos fins de semana, feriados, prazos, administrar as redes sociais e por aí vai”, salienta.
SERVIÇO
Contato: Keven Rodrigues (85) 9.8195.0421 / Gabriel Freitas (85) 9.8732.2665
Facebook: @bandaapneia
Site: https://apneia.bandcamp.com/releases
TEXTO: Fátima Belarmino (3° Semestre – Jornalismo/UNI7)
FOTOS: Delano Soares, Gecildo Sousa e Fátima Belarmino (3° Semestre – Jornalismo)