Jornal Papiro: 2014.1.2
Haja coração!
O fechamento de uma edição é sempre uma prova de fogo. Acirra ânimos, maltrata os de espírito mais sensível, mostra fragilidades, evidencia competências. No fim das contas, a cada nova edição, todo mundo sai transformado, inclusive a editora-chefe, posicionada estrategicamente no meio do fogo cruzado. O fechamento de um jornal é sempre um movimento novo em que o inesperado, por mais contraditório que possa parecer, é esperado.
Os leitores e leitoras têm em mãos o produto de um fechamento eletrizante. Os repórteres tiveram em média uma semana para produzir suas notícias e foram surpreendidos durante a Sala de Notícias. Naquele dia, eles mudariam de função, deveriam editar as matérias dos colegas em vez de fechar seu próprio texto. O exercício era fazer com estes editassem o texto que lhes caísse nas mãos naquele momento, a exemplo do que acontece todos os dias nos grandes jornais. Mais que exercitar aspectos técnicos de edição, eles foram avaliados quanto o trabalho em equipe e a iniciativa individual. Os repórteres do Papiro fizeram as vezes de editores e, na nova especialidade, tiveram total autonomia no tratamento das matérias dos colegas.
A primeira página foi decidida durante a reunião que abriu o sábado de fechamento. A notícia sobre as faixas exclusivas da Av. Bezerra de Menezes, apesar de curta, ganhou a manchete pelo impacto de um dado. Em um mês, mais de quatro mil multas nas faixas exclusivas para ônibus, vans e táxis com passageiros.
A um mês da Copa do Mundo da FIFA não pudemos fechar os olhos para o assunto que tem nos acompanhado diariamente. Por isso, nesta edição, temos: os preços para “fugir” do Brasil durante os meses de jogos, a expectativa quanto à entrega das obras de infraestrutura na cidade, a avaliação do comércio sobre os feriados de junho e julho e, para os aficionados por futebol, a chance de ver de perto a Taça da Copa.
Na cidade que virou notícia nacional pelas estatísticas de segurança pública, blindar o carro ou comprar um veículo já blindado é uma procura cada vez maior. A edição traz ainda: uma homenagem às mães, na matéria sobre mamães esportistas, a despedida da Kombi, ícone do mundo automobilístico, os caminhos para se especializar como DJ em Fortaleza, as quadrilhas juninas que já ensaiam as apresentações de junho. E por falar em junho, mês de Santo Antônio, uma igreja em homenagem ao santo na Maraponga e pouco conhecida por parte da cidade, também é tema de matéria.
Muito mais que o Papiro anterior, desta vez temos uma edição feita a muitas mãos, aperfeiçoando o aprendizado e lançando novos desafios aos futuros repórteres e editores. Uma experiência certamente marcante e que merece em tempo ser repetida.
Boa leitura!
Diretor-Geral
Ednilton Soárez
Diretor Acadêmico
Ednilo Soárez
Vice-Diretor Adelmir
Jucá
Coordenador do Curso de Jornalismo
Dilson Alexandre
Editora-chefe
Edma Góis
Projeto Gráfico e Direção de Arte
Tarcísio Bezerra
Colaboraram os alunos de Projeto Integrado de Jornalismo Impresso e Design Editorial
Texto
André Almeida, André Nina, Antonio Marcos, Ariadne Sousa, Bárbara Camurça, Camila Gadelha, Camila Menezes, Frank Roger, Gabriel Rodrigues, Gabriela Neres, Iane Ervedosa, Janaína Flor, Lorena Sales, Natasha Carvalho, Pedro Gustavo Mendes, Pedro Lopes
Design
Adrián Cortés, Alexandre Lima, Ariella de Sá, Beatriz Rocha, Caio Faheina, Camila Vasconcelos, Clara Jovino, Cristina Tallón, Daniel Costa Souza, Erikison Amaral, Estélio Neto, Gabriella Maciel, Iago Monteiro, Isabela Thé, Israel Alves, Jarlesson Vanley, Javier Blanco, Julyta Albuquerque, Laíne Carlos, Larissa Becker, Lorena Mesquita, Lucas Mota, Matheus Ribeiro, Mimosa Pessoa, Paulo Victor Mascarenhas, Priscila Almeida, Raimundo Machado, Renato Ferreira, Tatiana Fortes, Thiago Daniel, Thiago Jorge
Bolsista Design (NPJor)
Guilherme Paiva
Charge
Deleon Denizart