FA7 NO CENTRO: A venda de bananas no mercado da gente de Fortaleza
Produzidas no Ceará, a Prata e a Pacovan são carros-chefes de venda na diversidade de frutas no subsolo do prédio
O Mercado São Sebastião é, sem dúvida, é um dos patrimônios históricos dos mais interessantes da cidade de Fortaleza. Com estrutura reformada há mais de uma década, o que era um mercado destinado apenas para a venda de carnes, cresceu, se tornando referência regional em vendas de frutas, verduras, artesanato e até mesmo no material de ferragens. Chama a atenção, também, pela movimentação de artistas de ruas.
Com área de 22 mil m², o mercado é dividido em sua parte externa e interna e também em três pisos: 1º, 2º piso e o subsolo, onde se encontra um dos polos mais lucrativos do mercado. Neste ambiente, com pouca luminosidade, se encontram, de forma mais diversificada, frutas e verduras. E o carro chefe nos lucros, a venda das bananas.
É no subsolo que trabalha o vendedor Francisco Wellington, da banca ‘Os 3 Irmãos’, disparada a de maior estoque de bananas do mercado. Wellington explicou que sua banca trabalha com a venda de dois tipos de bananas: a Prata, que vem da Serra de Uruburetama, e a Pacovan, que vem direto da região do Vale do Jaguaribe. Ambas com preço variado, podendo custar de 20 a 100 reais. O perfil do consumidor não pode ser definido, pois varia de criança a idoso, de doméstica a vendedor ambulante.
As bananas são entregues de caminhão. As maiores remessas chegam no período de julho a dezembro, que é quando a procura é maior e a qualidade do produto é superior. No processo do armazenamento, as bananas ficam armazenadas em caixotes dentro dos boxes, em um local que fiquem abafadas, para acelerar o processo de amadurecimento.
Quando perguntado sobre o porquê do sucesso de sua banca nas vendas, brincando Wellington respondeu: “Vendemos a melhor banana do mercado. O nosso preço barato ajuda muito, ainda mais quando junta com o folder de divulgação”. Também comentou que o boxe não tem um esquema de propaganda especifica. Já chegou a distribuir cartões aos clientes, mas hoje o público chega até a banca por meio de comentários ou pela própria fidelização de clientes tradicionais.
Ítalo Falcão
3º semestre