As dificuldades e prazeres do mercado de trabalho

O estudante de comunicação enfrenta muitos desafios, como a procura por estágio, as noites sem dormir pra dar conta de todas as disciplinas, o tão temido TCC. Chegar ao mercado de trabalho, por vezes, também pode não ser fácil. Uma ajuda de quem já está lá é sempre bem-vinda.

O Quinto Andar entrevistou Larissa Viegas, formada em jornalismo pela Faculdade 7 de Setembro (Fa7). Em uma conversa via Facebook [Larissa estava viajando quando foi procurada para a entrevista], ela contou os prós e contras do mundo do jornalismo e ainda deu algumas dicas para os estudantes.

Quinto Andar: Em qual cargo e em que empresa você trabalha agora?
Larissa Viegas: Sou repórter do Núcleo de Revistas do Jornal O POVO.

QA: Em quais lugares trabalhou antes do seu atual emprego?
Larissa: Eita, foram tantos! (Risos) Do último para o primeiro: AD2M Engenharia de Comunicação, DivulgaAção, Dois.com, Indústria de Assessoria. Também fiz um job recentemente na DLT, marca de roupa masculina, como gerente de marketing.

QA: Quais pontos você considera positivos que fizeram parte da sua graduação na Fa7?
Larissa: O fácil acesso aos professores e coordenador. Por conta disso, também tive facilidade para encontrar estágios nas áreas as quais eu mais me identificava. Outro ponto é a estrutura da faculdade e a quantidade de alunos por turma, o que possibilita os professores a darem mais atenção aos alunos. Por último, o reconhecimento que a faculdade tem no mercado.

QA: Sob seu ponto de vista, quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelo jornalista?
Larissa: O primeiro emprego já é uma dificuldade! Se você já está no mercado, não são todas as empresas que efetivam o estagiário. Outra dificuldade é o baixo piso salarial, em contraste com a elevada carga horária. Outro ponto é a desvalorização pelo próprio profissional. Para não perder um determinado trabalho, ele é capaz de oferecer seus serviços a um preço muito mais baixo do que ele realmente vale.

QA: A relação com seu chefe e os colegas onde você trabalha é bacana? Existe algum tipo de conflito?
Larissa: Sempre tive sorte nos meus empregos e no jornal não é diferente. Como a sobrecarga vai desde a minha editora até os estagiários, nos ajudamos muito e isso gera muito retorno positivo, pessoal e profissionalmente. Estou no jornal há mais de dois anos, trabalhei (e trabalho) com pessoas que eu vou levar pra minha vida toda e sei que poderei contar profissionalmente.

QA: Durante a faculdade, você imaginava que estaria fazendo o que faz atualmente?
Larissa: Acho que sim. Durante a faculdade, sempre estagiei na área de assessoria de imprensa (até hoje ainda faço uns frilas na área). Mas também sempre tive vontade de trabalhar com revistas. Quando fiquei sabendo da vaga no Jornal, fiquei ansiosa e topei na hora o convite!

QA: Você tem alguma dica para passar aos estudantes de comunicação da Fa7?
Larissa: Aproveite essa época para pesquisar melhor a sua profissão e conhecer as áreas que você pode atuar. Se uma disciplina não atendeu às suas expectativas, não significa que aquela área não é interessante. Essa é a hora de conhecer o mercado! Leia muito, pesquise, converse com os profissionais que já atuam nas áreas que lhe interessam, visite as empresas, se ofereça como estagiário, nem que seja por um mês! É com a mão na massa que a gente sente o mercado, realmente. E não fique frustrado com o retorno financeiro. Quando você é bom, gosta do que faz e batalha pelo que quer, o sucesso chega!

Taíssa Julião
Recém-formada em Jornalismo na Fa7